O ex-governador Júlio Campos (DEM) se mostrou “desanimado” com uma candidatura a deputado estadual nas eleições de 2022, em razão da falta de diálogo da Executiva Nacional do DEM, sob comando do presidente, ACM Neto, nas tratativas do partido União Brasil.
Júlio afirmou que está “repensando” sua continuidade política por saber pela imprensa da fusão com PSL que chamou de estapafúrdia a iniciativa de ACM Neto.
Uma falta de respeito com um homem como Júlio Campos
“Foi a falta de respeito da direção nacional com quem fundou quatro partidos sem nunca mudar de lado. Uma falta de respeito com um homem como Júlio Campos que assinou a ata de fundação do PDS, PFL, Democratas tomar conhecimento pela imprensa, de que o partido dele iria acabar e iria fundir como novo partido”, reclamou o Democrata.
Campos seguiu com as críticas destacando a falta de adesão dos deputados estaduais do PSL, Ulysses Moraes, Elizeu Nascimento, delegado Claudinei e Gilberto Cattani, bem como, do deputado federal Nelson Barbado, que deve deixar o PSL, até mesmo antes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrar o partido União Brasil (fusão do DEM com PSL).
“E eles (filiados ao PSL) nos rejeitaram. Aqui mesmo em Mato Grosso é uma quirera falar em fusão. Nenhum dos deputados do PSL aceita vir conosco, só Cidinho que já era nosso foi para lá e está de volta, os cinco deputados do PSL não vão ficar no DEM. Então é uma fusão de mentira, vamos continuar reduzido, a Botelho e Dilmar Dal Bosco”, reclamou.
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Questionado se deixará a sigla, Júlio não descartou: “Posso até mudar, mas não é meu perfil. Eu fui a Arena há 50 anos atrás, ano que vem faz 50 anos, que filiar num partido político que eu mesmo de hoje: Arena, PDS, PFL e Democratas, então quer dizer, eu nunca mudei de partido, se tem dois homens honrados é Júlio Campos e Carlos Bezerra, o resto é conversa fiada”
Atuando como dirigente partidário e há seis anos sem mandato, Júlio Campos também apontou outro motivo para avaliar a possibilidade de disputar o pleito. Ele que passou por uma cirurgia recente garantiu ter saúde para disputar o pleito.
“Minha família é contra, acham que já dei minha contribuição, vamos aguardar. Ano que vem é ano que vem, eu sou que nem Mauro Mendes: deixe as águas de março escorrerem em abril com o quadro regularizado a gente decide. Posso até ser candidato em uma majoritária, se necessitar, depende do entusiasmo no momento. No momento não tenho candidatura nenhuma”, declarou Júlio.
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