O Colégio de Líderes da Câmara de Cuiabá discutiu na manhã desta segunda-feira (04.07) sobre possível cassação do vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), que matou o socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, o Japão, a tiros na última sexta-feira (1°).
À imprensa, o presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná Filho (MDB) pediu cautela e afirmou que as investigações serão acompanhadas pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, presidida pelo vereador Lilo Pinheiro (PDT).
“Primeiro, lamentamos o que aconteceu. Fato muito triste, envolvendo um vereador desta Casa e todas as decisões desta Casa é feita no colegiado. Ouvimos o vereador, ouvimos a versão dele. Tem várias versões, não queremos ser precipitados em nada”, declarou Juca.
Entretanto, a vereadora Edna Sampaio (PT) afirmou que irá protocolar na sessão desta terça-feira (05) um pedido de afastamento imediato de Paccola e um novo pedido de cassação contra o parlamentar. “Eu entendo que as coisas relacionadas ao crime têm que ser investigadas pelas autoridades competentes. Esta Câmara não tem papel de investigação policial, a nossa investigação aqui é no âmbito do decoro.”
O vereador Marcos Paccola se defendeu das acusações lembrando que como policial militar da reserva tem o dever de agir e afirmou que espera que as imagens confirmem sua versão sobre o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa. “As imagens vão falar por si só. São mais de 30 testemunhas que devem ser ouvidas.”
Um pouco mais cedo, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) cobrou resposta da Câmara Municipal e das autoridades envolvidas: “Um crime que precisa ser esclarecido, cada dia que passa está deixando menos de ser um ato de heroísmo para ser mais um ato de execução, mas isso quem vai ver são as investigações. Morto não fala, a defesa do morto cabe a seus amigos e parentes. Uma família foi destruída, e o caso ganhou um choque maior por ser um vereador da Capital, um réu confesso da morte desse trabalhador, desse servidor público estadual. Isso precisa ser esclarecido, a Câmara precisa se posicionar”, cobrou.
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