O vereador de Cuiabá, Rafael Ranalli (PL), afirmou que pretende apresentar um projeto de lei que proíbe o financiamento público da Parada do Orgulho LGBTQIA+ na Capital. O parlamentar declarou, nesta terça-feira (22.04), ser contrário à utilização de recursos públicos para custear eventos que, segundo ele, têm cunho sexual.
Atualmente, tramita na Câmara Municipal de Cuiabá uma proposta de lei, também de autoria de Ranalli, que visa proibir o uso de recursos da Prefeitura em festas de Carnaval. Ao defender a iniciativa, o vereador afirmou não ser contrário ao setor cultural, mas entende que os recursos públicos devem ser prioritariamente destinados à saúde, infraestrutura e segurança pública.
Segundo ele, eventos como o Carnaval podem ser financiados por meio da iniciativa privada ou de emendas parlamentares, provenientes de deputados ou vereadores. Ranalli ressaltou que a indicação de emendas é uma prerrogativa dos parlamentares, que devem direcioná-las a projetos e obras conforme julgarem necessário.
Questionado sobre o repasse de recursos públicos para eventos religiosos, o vereador declarou não ver problema na prática e considerou inadequada a comparação entre esses eventos e o Carnaval, que, em sua visão, seria "praticamente um evento de sexo a céu aberto". Nesse contexto, reafirmou a intenção de apresentar um projeto que proíba o financiamento público da Parada do Orgulho LGBTQIA+.
“Eu não sou contra a cultura. Outros eventos continuam recebendo recursos. Agora, quero, sim, apresentar um projeto que proíba o financiamento da Parada Gay, por ser um evento de cunho sexual. Este projeto específico foi proposto por ocasião do Carnaval, pois o tema estava em discussão naquele momento. Mas é possível, sim, elaborar um projeto que proíba o repasse de recursos para qualquer evento de cunho sexual ou que faça apologia ao crime organizado. [...] Dinheiro para a igreja? Considero uma comparação esdrúxula. Me desculpe, mas comparar o Carnaval — que, para mim, é praticamente sexo a céu aberto — com eventos religiosos, é, no mínimo, inadequado”, concluiu o vereador.
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