O senador Jayme Campos (União) afirmou em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (16.12), que os prefeitos eleitos precisam colocar a “sandália da humildade” para pedir recursos de emendas parlamentares aos municípios.
A declaração foi feita durante reunião com o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri.
“Chegou o momento da sandália da humildade: os prefeitos que estão assumindo aí, seja de Cuiabá, de Várzea Grande pedir para os deputados federais, senadores, para os deputados estaduais, pedir emendas que cada um tem direito. Os recursos de emendas, seja de bancada ou individuais, 50% obrigatoriamente tem que ser investido na saúde. Então, tem que ter humildade de procurá-los”, enfatizou o senador.
Questionado se a fala foi direcionada à prefeita eleita, Flávia Moretti (PL), Jayme Campos garantiu que não. Flávia, em sua primeira coletiva após a vitória nas urnas, afirmou que eles [políticos que apoiam seu adversário] é quem deveria procurá-la.
“Eu não dou recado para ninguém! Falei para ele [desembargador Orlando Perri] como experiente, como ex-prefeito por três mandatos, como ex-governador, duas vezes senador da República. Não adianta querer ficar de sapato alto e não ter humildade”, argumentou.
Segundo Jayme, sexta-feira (13), a saúde de Várzea Grande recebeu R$ 25 milhões em emendas dele e do deputado federal (MDB).
“Não tem caos em Várzea Grande, sexta-feira chegou para Kalil Baracat R$25 milhões, emendas de Emanuelzinho e do senador Jayme Campos. Tá tudo em dias. Muita coisa que estava atrasada está sendo paga e normalmente está rodando. Um serviço de excelência não tem no serviço público, quase não vejo”, afirmou o senador.
Sobre Cuiabá, Jayme destacou que embora a Capital tenha boa arrecadação, o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) precisa buscar mais recursos. Ele enfatizou que o secretário de saúde de Cuiabá, Deiver Alessandro Teixeira afirmou que não falta medicamento.
“Só com recursos da Prefeitura também tem dificuldade, em que pese que a Prefeitura arrecada muito bem é aquela velha história, quanto mais melhor. (...) O secretário de saúde de Cuiabá disse que tem remédio no estoque, que eventualmente ou pontualmente pode ter faltado remédio isso é normal. Tem gente que entra na concorrência, ganha concorrência e não entrega o produto e isso dificulta a prestação de serviço pelo Poder Público”, afirmou o senador.
Jayme rechaçou qualquer discussão política e ideológica envolvendo a saúde: “Não podemos nessa hora falar em política, questão ideológica, temos que ver com certeza é o bem estar da população. Quando você parte para o campo político com certeza você não terá solução. A solução é se unir”, afirmou.
Leia também: "Desconheço essa situação de colapso", diz Kalil sobre risco apontado por TCE
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).