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Política Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019, 19:47 - A | A

Sexta-feira, 01 de Fevereiro de 2019, 19h:47 - A | A

Mesa Diretora

Jayme compara confusão em sessão do Senado com briga de lavadeiras

Rojane Marta/VG Notícias

VG Notícias

Jayme

 

A sessão do Senado Federal, para a escolha da nova Mesa Diretora, acabou em confusão. Alguns senadores defendiam voto aberto para a escolha do novo presidente da Casa, enquanto outros pediam que fosse mantido o secreto. A sessão é presidida pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Mesmo sob protestos, Davi Alcolumbre colocou em votação em Plenário para decidir como se dará a eleição para presidente do Senado e 50 senadores votaram a favor do voto aberto e 2 foram contrários. Alguns senadores também questionam a legitimidade de Alcolumbre de conduzir a sessão.

E diante da confusão instalada na Casa, o senador de Mato Grosso, Jayme Campos (DEM), ao fazer uso da palavra comparou a discussão com “briga de lavadeiras”.

Jayme pediu licença e disse: “Acho que não é nada razoável o que está acontecendo aqui nesta tarde/noite na nossa posse aqui. Imagina o que o povo brasileiro está pensando do Senado Federal. Para nós é uma vergonha. Eu me senti envergonhado. Sou senador pelo segundo mandato, já fui governador, três vezes prefeito. Ao que estou assistindo aqui é que nem briga de lavadeira. É inaceitável. Nós temos que suspender a sessão, meu caro amigo” defendeu Jayme, que neste momento foi aplaudido pelos colegas senadores.

Jayme ainda disse que caso a sessão não fosse suspensa, “a Casa e o Congresso Nacional brasileiro, de uma maneira geral, que já se encontram desgastadíssimos diante da opinião pública brasileira, até porque as urnas já falaram com muita clarividência de que o Brasil, o seu povo, não quer ver em hipótese alguma, espetáculos vergonhosos como o que estava acontecendo naquele momento no Senado Federal”.

“Confesso aos senhores que nos meus 68 anos de idade, nunca vi tanta desmoralização duma Casa que aqui representa o povo brasileiro, passar por este vexame” enfatizou.

Jayme fez um apelo ao presidente da sessão: “Eu faço um apelo, como homem do seu partido: que encerre o trabalho, porque o próprio Regimento Interno, Davi Alcolumbre, não obriga, não há nada que fale que nós temos hoje que continuar o processo de votação para eleger o Presidente e os demais membros da Mesa Diretora. É claro no nosso Regimento Interno, que fala que hoje há que acontecer a posse dos Srs. Senadores. Não é nenhum ato contínuo. Muito pelo contrário. Nós temos que parar”.

E continuou: “Que vergonha o que está acontecendo aqui. Tenho vergonha dos meus filhos, dos meus netos. Estou envergonhado, Governador Jaques, de ver tudo o que está acontecendo aqui nesta Casa. Faço um apelo a V.Exa.: refaça os trabalhos. Caso contrário, eu particularmente vou me afastar do recinto, porque eu não posso, na minha trajetória política, na minha biografia, concordar com tudo isto que está acontecendo aqui. Me desculpe meu desabafo, mas estou velho para acompanhar aqui, com certeza, essa desmoralização” finalizou sua fala e foi novamente aplaudido.

O senador mato-grossense fez outras ponderações: “ Olha só: o senhor acabou de pedir para a Senadora Kátia devolver os documentos que estavam encaminhados à Mesa. Não pediu? Imagina o que o povo brasileiro deve estar falando. Se o Davi está correto, se é certo ou errado ele estar presidindo a sessão, é outra história. Cabe a nós aqui fazermos esse julgamento. Foi lá, pegou os documentos encaminhados. Daqui a pouco, o senhor disse aqui que o Senador Renan talvez tenha exagerado um pouquinho em relação ao Senador Tasso Jereissati. Esta aqui é uma Casa de 81 cidadãos, homens e mulheres, e que se imagina que devem dar o exemplo para o Brasil, sobretudo para os jovens que estão aí querendo adentrar, militar na política brasileira. Mas não é com exemplos como esse aqui” disse.

Conforme Jayme, seria importante que todos se apaziguassem, e que continuasse o processo dentro do esperado. Mas, destaca que da maneira que estava sendo conduzida a sessão, quando Davi chegasse ao seu Estado “vai ser, com certeza, criticado pelo mau andamento dos trabalhos”.

Conforme ele, sessões do tipo que estava ocorrendo no Senado hoje, nem na Câmara de Vereadores do menor município tem. “Eu sou da tese de que tudo aqui está sendo bem encaminhado aqui. É uma coisa natural. Davi é meu companheiro, do meu partido, mas eu não posso concordar também em me expor e expor o Senado Federal. Esta Casa aqui tem de passar a ter respeitabilidade diante da opinião pública brasileira. Caso contrário, nós vamos ser troco aí na rua. Tem muita gente que quer voto aberto, voto fechado, com medo de andar em avião e restaurante e ser exposto. Aqui está ficando pior do que o senhor está pensando. Que exemplo! Está pior do que câmara de vereadores do mais longínquo, distante Município deste País, que eu tenho a certeza de que não dá um vexame como este que estamos dando aqui para a sociedade brasileira. Então, desculpe-me, Davi. Vamos botar ordem na Casa aqui urgentemente” finalizou.

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