A secretária de Gestão Fazendária e coordenadora da transição, Lucinéia dos Santos Ribeiro, afirmou em entrevista ao 
nesta sexta-feira (29.11) que não procede a declaração da prefeita eleita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), sobre dificuldades no acesso às informações da Prefeitura pela equipe de transição.
De acordo com Lucinéia dos Santos, a equipe nomeada pelo prefeito Kalil Baracat (MDB) entregou todas as informações solicitadas pelo advogado Maurício Magalhães Faria Neto, coordenador da equipe de transição da prefeita eleita.
Lucinéia destacou que não recebeu solicitações de informações relacionadas às Secretarias de Fazenda, Administração, Desenvolvimento Urbano, Previvag, Planejamento e Controle Interno. Ela manifestou essa preocupação diretamente ao advogado Maurício Magalhães Faria Neto, futuro secretário que assumirá a Procuradoria do Município a partir de janeiro de 2025.
“Esses [ofícios] eu não recebi. Se houvesse nomes [dos secretários], eu já teria recebido ofícios para visitas. O coordenador Maurício não me passou os ofícios, porque os nomes ainda não foram definidos. Inclusive, questionei isso ontem. Falei: 'Estou preocupada com a gestão Fazendária, porque aqui temos dois universos, o tributário e o contábil, e é muita coisa para transmitir em poucos dias'. Ele disse que ainda não há definições”, afirmou Lucinéia dos Santos.
A coordenadora de transição também ressaltou que todos os documentos entregues foram registrados e documentados. Além disso, as peças orçamentárias foram discutidas com a equipe de Flávia, incluindo esclarecimentos sobre saldos bancários e outras particularidades.
“Eu e Cardoso passamos a manhã atendendo a transição dela. Veio o professor da UFMT, que integra a coordenação da transição, um doutor em contabilidade da UFMT e um economista. Dialogamos com eles durante toda a manhã sobre as peças orçamentárias. Eles não fizeram alterações porque não quiseram. Se ela [Flávia] quiser saber o saldo da conta, posso fornecer, claro, mas não é a realidade definitiva, pois muita coisa ainda vai mudar. Não sei se as informações estão chegando até ela, essa é minha dúvida”, afirmou Lucinéia.
Ainda segundo a secretária de Fazenda, a Prefeitura de Várzea Grande deve fornecer até o dia 30 de novembro as informações relacionadas às áreas de Educação, Saúde e Assistência Social.
“Dei prazo até hoje para que os secretários me entreguem o que falta de cada secretaria, exceto as áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, que possuem estoques de mercadorias. Essas áreas estão elaborando uma declaração informando que entregarão tudo até o dia 30. Não é possível concluir agora, com as escolas ainda funcionando. Na Saúde e na Assistência Social, a secretária Ana ainda está finalizando projetos. Para o dia 30, ficará o saldo das contas, a relação de restos a pagar e os estoques de mercadorias dos almoxarifados dessas grandes secretarias”, declarou Lucinéia.
Lucinéia afirmou que está cumprindo a Resolução Normativa nº 19/2016 do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT). Segundo ela, os secretários municipais estão colaborando e fornecendo as informações conforme solicitado.
“Nós estamos entregando muito além do que exige a resolução, para que eles tenham mais conhecimento. Mas a Resolução Normativa nº 19/2016 do Tribunal de Contas precisa ser seguida à risca. Planejo finalizar toda a documentação na próxima semana, exceto pelo saldo de contas e estoques, que ficarão pendentes até a conclusão”, explicou.
A coordenadora também comentou sobre a circulação de informações que considera inverídicas sobre o trabalho de transição. “Ontem conversei com o Maurício Magalhães. Ele me garantiu: 'Não se preocupe, essas matérias não vêm de mim. Não tenho conhecimento delas’. Acho isso muito chato e estranho. Como coordenadora, afirmo que não é verdade o que estão dizendo. Estou à disposição. Se a prefeita eleita quiser vir aqui, estarei disponível. Todos têm meu telefone. E mais: qualquer solicitação deve ser feita ao coordenador. Tenho uma boa relação com o doutor Maurício: ele é educado, tranquilo, cordial e transparente. Não há motivo para tumulto. A informação não é minha, é do município. Nós somos passageiros; o município é maior que qualquer situação”, finalizou Lucinéia.
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