A candidata ao governo do Estado pela coligação “Viva Mato Grosso”, Janete Riva (PSD), durante ato político de lançamento de sua candidatura realizado na noite desta segunda-feira (15), no comitê central de campanha em Cuiabá, apresentou o Bolsa Família Estadual, programa que será implantado em seu governo como complemento ao do governo federal. O dinheiro será oriundo do incentivo fiscal que atualmente o Estado dá para a produção de soja e que onera os cofres públicos em aproximadamente R$ 220 milhões por ano, sem retorno social algum.
“Eu vou fazer um governo voltado para população. Família é a base principal de uma sociedade e ela precisa estar bem amparada pelo governo do Estado. Infelizmente, nós temos mais de 70 mil famílias na linha de pobreza que não conseguem atingir renda suficiente para fazer nem cadastro único, por conta situação de miséria em que vivem. No nosso governo nós vamos dar um complemento para as pessoas que já recebem o Bolsa Família e a cada um real que o governo federal pagar, nós colocaremos um real a mais no Bolsa Família Estadual”, anunciou, durante o discurso, a candidata.
Janete ainda falou da forma como alguns se beneficiam dos incentivos fiscais de Mato Grosso em detrimento da população carente. “No mínimo, vamos garantir o leite, o pão, o arroz e o feijão para quem não tem nada o que comer em casa. Isso é uma obrigação nossa, um Estado tão pujante, que dá milhões e milhões de incentivos para os grandes e vive numa caixa preta que ninguém sabe quem recebe esses incentivos. No ano passado foram R$ 220 milhões somente para soja e o que a nossa população recebeu em troca? Nada. Nós vamos corrigir essas diferenças”, declarou.
Ao todo, comparecem ao ato cerca de 5 mil pessoas e ao menos 40 prefeitos de todas as regiões do Estado. Além disso, deputados, vereadores, presidentes de partidos e lideranças políticas dos 141 municípios de Mato Grosso também se fizeram presentes. “Não há noite que impeça o sol de brilhar e é pela esperança e pela fé em dias melhores que continuamos essa caminhada. Quero ser governadora para ser parceira dos prefeitos e dos municípios mais distantes. Quero ser governadora para amparar e cuidar daqueles que mais precisam. No meu governo, quem vai mandar é o povo”, disse ela, ao destacar que cumprirá a risca o plano de governo e a parceria com os municípios.
Em sua fala, Janete lembrou ainda das prioridades de sua gestão, que serão a saúde, a educação, o combate às drogas e a reinserção social dos dependentes químicos por meio da criação de um fundo oriundo de parte do ICMS arrecado das bebidas alcoólicas e do cigarro. Com o dinheiro desse fundo ela pretende subsidiar financeiramente as entidades religiosas que já fazem o trabalho de recuperação de dependentes químicos.
“Queremos cuidar dos cidadãos como um todo, mas a mulher é nossa prioridade, porque ela é o termômetro da família. É ela, a mãe, quem sente quando a economia vai mal, quando a saúde vai mal, quando a educação e a segurança não funcionam. Por isso, nosso plano de governo a contempla e é pensado para ela. Vamos capacitá-la e despertar nas chefes de família o lado empreendedor”, disse.
A candidata afirmou ainda que sua militância tem energia de sobra e que só precisa de duas semanas para vencer as eleições. “A força do povo não há quem segure. Só precisamos de duas semanas para vencer as eleições, nós vamos para a rua. Não temos outra receita de campanha, a nossa militância é aguerrida e é com essa força e com essa energia que vamos para as ruas para ganhar essas eleições. O investimento da minha campanha é no povo e é para ele que vamos mostrar a que viemos. O mote da nossa campanha é cuidar de Mato Grosso e mostrar esse olhar de mãe, de mulher, essa ternura e sensibilidade de mulher que vamos colocar na administração do Estado”, disparou.
Mesmo com José Riva como coordenador de campanha e à frente das arrecadações, Janete disse que a campanha deve se manter franciscana para até que depois não tenha que “lotear” o governo aos financiadores. “Acredito que um apoiador ou outro possa vir a colaborar sim, mas continuará sendo uma campanha franciscana. Não queremos ter esse comprometimento e ‘venda’ de governo”, finalizou.
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