Os deputados de Mato Grosso prestam depoimento na tarde desta terça-feira (25.10) à juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, na ação penal decorrente da “Operação Imperador”, por supostas fraudes na Assembleia Legislativa.
Segundo o Ministério Público, servidores do Legislativo, entre eles a ex-secretária de Estado, Janete Riva, são acusados de participar de esquema que desviou R$ 62 milhões dos cofres da Casa de Leis, por meio de compra simulada de produtos.
Conforme a denúncia, a Assembleia realizou o pagamento de aquisição de produtos que nunca foram entregues. Na época das fraudes, o presidente do Legislativo era José Riva, esposo de Janete Riva.
Na ação penal os réus são Janete Riva, Edson José Menezes, Manoel Theodoro dos Santos, Djan da Luz Clivatti, Elias Abrão Nassarden Júnior, Jean Carlo Leite Nassarden, Leonardo Maia Pinheiro, Elias Abrão Nassarden, Tarcila Maria da Silva Guedes, Clarice Pereira Peite Nassarden, Celi Izabel de Jesus, Luzimar Ribeiro Borges e Jeanny Laura Leite Nassarden.
Depoimento – O primeiro a prestar depoimento foi o deputado estadual Mauro Savi (PSB) arrolado como testemunha de defesa de Janete Riva. O parlamentar diz que é compadre de Janete Riva, e que ela ocupou o cargo de secretária de Patrimônio da Assembleia.
Sobre as empresas Ampla, Hexa e Livropel, que teriam participado de licitações entre 2005 e 2007 época em que foram desviados mais de R$ 40 milhões em materiais de expediente, o deputado diz que nunca ouviu falar.
Ele conta que na época os gabinetes recebiam os materiais da Assembleia, não sabendo assim quais eram fornecedores, encerrando seu depoimento.
O deputado estadual Silvano Amaral (PMDB) é o segundo a prestar depoimento, ele foi arrolado pela defesa do réu Edson José Menezes. Na época dos fatos, Silvano era assessor na Assembleia lotado no gabinete do então deputado Juarez Costa (PMDB), atual prefeito de Sinop.
Ele disse que conhecia o servidor Edson Menezes, em 2007, no gabinete do deputado Mauro Savi, e que não sabe se ele exerceu cargo de chefia no Legislativo.
Já a ex-secretária de Estado, Janete Riva, diz que sua conduta quando exerceu cargo na Assembleia e no Estado sempre foi na boa fé, sem intenção de lesar os cofres públicos.
A mulher de Riva nega ter participado de organização criminosa para lesar os cofres da Assembleia. Ela garante que nunca atestou qualquer recebimento de mercadorias.
“Se houve esquema de corrupção e desvio de dinheiro envolvendo a entrega de mercadorias na Assembleia Legislativa, eu não tinha conhecimento”, disse Janete.
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