As investigações da operação Camaleão, deflagrada em 18 de novembro em Várzea Grande, sob o comando do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), passaram a tramitar em segredo de justiça, por conta da decretação da quebra de sigilo telefônico e bancário dos envolvidos. As informações são de fonte do VG Notícias.
A operação investiga fraude em processo licitatório da Prefeitura de Várzea Grande, com possível envolvimento do prefeito Walace Guimarães (PMDB).
De acordo com informações repassadas pelo Gaeco, a fraude teria ocorrido na execução do contrato entre a Prefeitura e a Construtora Carneiro & Carvalho, no valor de mais de R$ 10 milhões para reforma e manutenção dos prédios públicos do município.
A construtora é acusada, juntamente com o prefeito, de formar uma organização criminosa na Prefeitura de Várzea Grande para a prática de delitos de corrupção, peculato e fraude em licitação.
Conforme denunciado com exclusividade pelo VG Notícias, seis meses antes de vencer o certame a empresa fez uma alteração contratual, deixou de vender sapatos para virar construtora.
Entenda – Na operação, foram apreendidos 10 computadores, dois notebooks e mais de 20 caixas com documentos da gestão do prefeito Walace.
De acordo com Ministério Público do Estado (MPE/MT), as buscas foram realizadas nas Secretarias de Administração, Assistência Social, Saúde, Viação Obras e Turismo, Serviços Públicos e Transporte, no gabinete do prefeito, no depósito e na sede da empresa “Carneiro Carvalho”, em um escritório de contabilidade e em duas residências, inclusive, do irmão de Walace, o médico Josias Guimarães.
Conformeo coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro, as fraudes vinham sendo cometidas nas áreas de execução de contratos e em obras de edificações e reformas. Além de atestados falsos para habilitação no processo licitatório, foram verificadas irregularidades na execução dos contratos.
“O próprio Tribunal de Contas do Estado já havia deliberado em suspender o pagamento desses contratos e paralelamente a isso o Ministério Público por meio do Gaeco e Naco vinham investigando o perfil criminoso de quem estava gerindo esse contrato e de quem estava retirando o dinheiro ilicitamente do município de Várzea Grande”, acrescentou o promotor de Justiça.
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