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Política Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 08:32 - A | A

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“História cobertura” que Taques virou réu foi denunciada por telefone público de VG

Rojane Marta/VG Notícias

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 “História cobertura” que Taques virou réu foi denunciada por telefone público de VG

A “história cobertura”, que serviu para grampear os telefones celulares de pessoas ligadas ao ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, incluindo sua ex-amante Tatiane Sangali e sua ex-secretária Caroline Mariano, além do jornalista Muvuca, partiu de uma ligação anônima feita de um telefone público do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, conforme inquérito obtido pela reportagem do oticias com exclusividade.

Nesta quarta (31.07), o juiz da Sétima Vara Criminal, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, recebeu denúncia e seu aditamento proposto pelo Ministério Público contra Taques, sob acusação de que no início da gestão do governador Pedro Taques, Paulo tramou uma “história cobertura” para que pudesse escutar Tatiane. Leia mais: Juiz recebe denúncia contra Taques por grampear ex-amante

Conforme o documento obtido pela reportagem do oticias com exclusividade, em 19 de março de 2015, por volta das 21 horas, o delegado Flávio Stringueta teria recebido uma ligação anônima em seu aparelho celular funcional, informando supostos fatos sérios que poderiam envolver o então governador Pedro Taques, atribuídos ao comendador João Arcanjo Ribeiro. A ligação teria demorado oito minutos.

A denúncia, segundo documento obtido com exclusividade pelo oticias, informou que Arcanjo estaria arquitetando ações de vingança contra o governador, com intuito de acabar com ele. O denunciante ainda teria dito que pessoas ligadas a João Arcanjo Ribeiro mantinham contato com o primeiro escalão do Governo, principalmente com a Casa Civil, onde estaria conseguindo informações privilegiadas para alcançar seus objetivos.

O denunciante teria informado que a filha de Arcanjo, Kelly, estaria se encontrando com uma pessoa de nome Tatiana Sagalli Padilha, ex-funcionária da Sinfra, e da Secretaria de Transporte, e que é muito amiga de uma funcionária da Casa Civil, Caroline Mariano, com quem se encontrava regularmente para buscar informações sobre a rotina e a agenda do chefe da Casa Civil e do governador do Estado. O Denunciante ainda teria dito que Tatiane teria proximidade com Muvuca, adversário histórico de Pedro Taques.

Diante disso, o delegado teria mandado fazer uma “varredura” na vida das pessoas citadas, e ainda, solicitado para tentar identificar o local de onde teria partido a ligação anônima, inclusive para checar se no local haviam câmeras de segurança que poderiam ter flagrado o denunciante. Relatório policial apontou que o telefone público fica situado na rua Valter Fontana, nº 1, bairro jardim Vista Alegre – região do Grande Cristo Rei, e que na grande extensão da via não tinha nenhuma câmera de segurança que pudesse ter flagrado o momento da ligação, relatou ainda, que moradores disseram que mesmo se tivessem visto algo não relatariam, pois no local impera a “lei do silêncio”.

Em 26 de março de 2015, Stringueta, relatou sobre o telefonema recebido para então juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal, e para aprofundar as investigações, solicitou a interceptação telefônica de Tatiane, Caroline, e de Fernando Bacarin (namorado de Tatiane).

Já em relatório final, apresentado em 20 de julho de 2015, após ouvir as interceptações telefônicas, Stringueta concluiu que não tinha nenhuma ligação de atentado contra Pedro Taques, e que pelas ligações, a única pessoa que poderia se comprometer seria Paulo Taques, já que sua ex-amante estaria disposta em acabar com sua reputação e teria, inclusive, em ligação feita ao jornalista Muvuca, revelado que ele estaria fazendo várias coisas ilegais na Casa Civil. 

“As interceptações revelaram que a intenção de Tatiane não era atentar contra a vida do governador, mas, pelo visto criar problemas para Paulo Taques” relatou.

Diante disso, o delegado concluiu por encerrar as investigações quanto ao suposto atentado a Pedro Taques, mas, encaminhou ao Gaeco para que pudesse avaliar as acusações contra Paulo Taques contidas nas interceptações.

Vale lembrar, que o escâdalo dos grampos ilegais somente veio à tona em 2017, após reportagem do programa Fantástico.

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