O pré-candidato ao Senado, deputado federal Neri Geller (PP) afirmou em entrevista à imprensa nessa quinta-feira (07.07), que sua articulação com a federação PT, PV e PCdoB não significa um rompimento com o governador Mauro Mendes (União), possível candidato à reeleição.
Ele afirma que sua estratégia de articular com a esquerda, foi uma maneira de pressionar uma decisão do governador, que escolhe entre seu nome e do pré-candidato à reeleição, senador Wellington Fagundes (PL).
“Eu vou ser bem sincero, se o governador fechar com o PL, não vai ter espaço para eu caminhar com ele. Esse movimento que fiz, foi para tomar uma decisão, não vou ficar no último dia da convenção. Agora, eu avancei com a federação e esse avanço eu não vou recuar. Agora, bem claro, isso hoje é dentro de uma composição de Senado, a questão de Governo a gente vai avançando agora”, declarou Neri.
Neri articula diretamente com o pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que vê no mato-grossense uma ‘ponte’ com o setor do agronegócio. Contudo, apesar da negociação se encontrar “bastante avançada”, segundo Neri, seu grupo político não está 100% fora da base do governador que tende a caminhar com o presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato a reeleição.
“Nós tivemos uma conversa e essa conversa começa se consolidar a partir de semana que vem. Estamos propensos de fechar a coligação com a esquerda. Não tem como dizer que está 100 % com Mauro não, não tem isso, está 100% fora também não tem isso, estamos terminados de consolidar uma conversa”, declarou o pré-candidato que não descarta nem a possibilidade de uma candidatura avulsa.
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Geller afirma que o compromisso feito com a federação PT, PV e PCdoB não mudará uma vírgula e precisa avançar com os partidos MDB, PSB e PSD sobre possível desembarque do Governo em favor de sua candidatura.
“Eu tenho uma candidatura ao Senado alinhado com esses partidos. Todos os partidos estão sabendo que vim conversar com Mauro. Estamos ainda conversando sim, mas os compromissos que eu fiz com a federação que compõem os três partidos não mudaria uma vírgula, o que vai avançar é com os outros partidos, eu preciso consolidar o apoio do MDB, preciso alinhar para ter o apoio do PSB, estou conversando para isso, e nós ainda temos 30 dias para convenção”, relatou o Neri.
Neri afirma que a possibilidade de desembarque do Governo envolve especialmente o MDB lançar uma candidatura de oposição ao governador Mauro Mendes. Entre os nomes cotados, consta o do ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (MDB).
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