O presidente da Associação dos Produtores de Soja no Brasil (Aprosoja), Antônio Galvan, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (26.08), externou sobre a participação da entidade em manifestações e defendeu a harmonia entre os Poderes, destacada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na noite de ontem.
Entretanto, Galvan discordou da rejeição do pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, protocolado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“A gente sempre pregou que todos os poderes tenham harmonia. O Supremo está lá para julgar o que está dentro da lei. Ninguém quer intervenção de A ou B, mas cada um que fique em seu quadrado, como cidadão apoio o impeachment do ministro”, declarou o presidente da Aprosoja.
Galvan, que foi alvo de busca e apreensão feita pela Polícia Federal, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes - na ação que investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia, previsto para 7 de setembro em Brasília - demonstrou apoio ao pedido de Bolsonaro fazendo questionamentos.
“Vocês acham que o Judiciário está jogando dentro das quatro linhas da Constituição? Querem que nosso presidente fique omisso?”, questionou Galvan.
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Antônio Galvan, que também foi criticado pelo senador Jayme Campos (DEM) por usar a Associação, uma entidade de classe como se fosse instrumento pessoal e político, explicou que a Aprosoja não promove as manifestações.
Ele explica que o envolvimento de todas as Aprosojas no movimento é por decisão dos associados.
“O que significa o apoio de todas as Aprosojas ao movimento, os associados falaram que vão participar, a entidade não é a organizadora do movimento, mas os associados participam. As entidades não têm feito nada para organizar, não existe recurso para isso, e mesmo que tivesse esse orçamento não iria fazer. A nossa atividade não é fazer manifesto isso ou aquilo”, justificou.
Ainda na coletiva, Galvan não descartou a possibilidade de disputar com apoio do ex-ministro Blairo Maggi (PP) e do deputado federal Neri Geller (PP).
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