O ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro (PSD-MT), em entrevista ao na manhã desta sexta-feira (22/09), refutou as alegações dos senadores Jayme Campos e Mauro Carvalho, ambos do União Brasil, em que acusaram o ministro de favorecer grandes frigoríficos no processo de habilitação de empresas para exportação de carne para a China.
Carlos Fávaro declarou estar à disposição dos senadores e já informou ao líder do Governo, o senador Jacques Wagner (PT), que está pronto para prestar esclarecimentos completos sobre como é elaborada e enviada a lista de frigoríficos habilitados a exportar carne para a China.
Segundo o ministro, a lista enviada à China segue uma ordem cronológica, e atualmente o governo brasileiro possui 77 instalações aptas a serem habilitadas para exportação à China. O ministro explicou que, nos últimos dias, a China solicitou listas menores, e o Ministério enviou os primeiros 20 nomes da ordem cronológica das 77 instalações habilitadas.
Quanto à inclusão do frigorífico do grupo JBS, localizado em Diamantino (a 183 km de Cuiabá), que está fechado desde junho deste ano devido a um incêndio, Carlos Fávaro afirmou que seria injusto remover o nome da empresa da lista devido a um incidente, uma vez que ela estava entre as 20 primeiras da ordem cronológica. Segundo o ministro, a inclusão ou exclusão da empresa da lista será decidida pelo Ministério da Agricultura da China, o GACC chinês, após uma inspeção. "Não poderíamos simplesmente retirá-la da lista devido ao incêndio", ponderou.
Fávaro ressaltou que não poderiam antecipadamente remover o nome do frigorífico da lista, pois o estabelecimento está em reconstrução. Além disso, o ministro destacou que, durante a visita do grupo do Ministério a Diamantino, foi constatado que a empresa manteve todos os empregos durante o período do incêndio e cumpriu o compromisso de não demitir nenhum funcionário.
"A expansão da instalação está ocorrendo rapidamente. Seria injusto para o setor agrícola retirar a empresa da lista, pois não estou privilegiando, apenas a mantendo no lugar que ocupava", concluiu o ministro Carlos Fávaro.
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