O senador Carlos Fávaro (PSD) defendeu a Proposta de Emenda à Constituição, mais conhecida como ‘PEC da Transição’, que pretende tirar os recursos do Bolsa Família do teto de gastos. Segundo Fávaro - que integra a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - a medida irá possibilitar investimentos em outros programas sociais.
“Estas conversas foram muito positivas no sentido de avançarmos nas discussões que asseguram o pagamento de R$ 600 por mês no Bolsa Família, além de R$ 150 para cada filho de beneficiário do programa menor de 6 anos. É um compromisso de campanha do presidente Lula que, tenho certeza, será cumprido já no início do mandato”, disse o senador, que se reuniu com líderes de diversos partidos no Senado nessa quinta-feira (10.11).
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Fávaro afirmou que o orçamento atual já possuía R$ 105 bilhões para o pagamento de R$ 400 por mês do programa. Contudo, a PEC, além de retirar este valor do teto de gastos, possibilita o incremento dos outros R$ 70 bilhões, necessários para o reajuste do Bolsa Família e o adicional de 150 reais. “Isso representará uma grande vitória para a concretização das políticas sociais, tão necessárias em um país que conta com 33 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar ou fome”, disse Fávaro.
Entretanto, a política de colocar o social à frente do financeiro, não foi bem recebida pelo mercado de ações nessa quinta-feira (10). Um discurso do presidente Lula afirmando ser preciso mudar a forma de encarar determinados gastos do Poder Público, considerando que a questão social deve ser colocada à frente de temas que interessam ao mercado financeiro, não foi bem recebido. Após a fala, o dólar subiu 4,1% e as ações do Ibovespa caíram, registrando 3,35%.
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