Em solenidade de posse da nova diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília, na noite de ontem (07.03), o ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), senador Carlos Fávaro (PSD), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá implementar a Reforma Agrária no país.
Segundo Fávaro, é preciso reconhecer o direito do agricultor de produzir alimentos, porém, alertou que distribuição justa das terras será feita dentro da legalidade. “Quero aqui deixar a principal mensagem, que vem avalizada pelo presidente Lula ‘nós vamos cuidar da Reforma Agrária junto com todos os Ministérios do Governo Lula”, declarou o ministro nessa terça-feira (07.02), durante a posse do deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) na presidência da FPA.
Fávaro alertou que o Governo Lula não compactua com invasões de terras produtivas e afirmou que as eleições acabaram, está aberto ao diálogo. O ministro comparou as invasões feitas por desordeiros, com as dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
“Se fomos intransigentes e repudiamos as invasões do Congresso, seremos intransigentes e vamos repudiar invasão de terras produtivas. Não é possível que conquistas de tantos anos possam ficar fragilizados por movimentos de desordeiros, a Reforma Agrária como diz: é sagrado o direito das pessoas poderem produzir, mas que se cumpra às leis, que respeite o direito de propriedade e assim o será”, garantiu.
Não é possível que conquistas de tantos anos possam ficar fragilizados por movimentos de desordeiros
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Sem citar o nome do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o ministro pediu o fim do preconceito com movimento que busca um pedaço de terra para produzir. Ele apontou que os pequenos, médios e grandes produtores também são vítimas de preconceito quando são acusados de produzir sem sustentabilidade.
“Imagino o quanto é sagrado o desejo de um pequeno produtor, um homem ou uma mulher com vocação para produzir alimento e não ter um pedaço e chão, não ter a possibilidade de ter um pedaço de chão, por isso, temos que reconhecer este movimento que busca um pedaço de terra para produzir. Não ter preconceito contra ele, não ter preconceito também contra pequenos médios e grandes produtores que às vezes são taxados de criminosos, devastadores e não são. Produzem com muita sustentabilidade”, disse o ministro.
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