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Política Terça-feira, 17 de Janeiro de 2023, 08:15 - A | A

Terça-feira, 17 de Janeiro de 2023, 08h:15 - A | A

deu na veja

Fávaro critica Aprosoja e diz que empresários do agronegócio “raivosos” financiaram atos terroristas

O incentivo feito verbalmente pelos atuais diretores da Aprosoja levou muitos produtores a perderem senso de compromisso com a democracia, disse ministro

Lucione Nazareth/VGN

Atualizada às 11h04 - O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, disse que a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) apoiou os atos antidemocráticos e que muitos empresários ligados ao agronegócio, o qual ele classificou como “raivosos”, financiaram atos terroristas do último dia 8 de janeiro em Brasília. As declarações ocorreram em entrevista à Revista Veja.

Fávaro iniciou dizendo que os atos cometidos contra os órgãos públicos na Praça dos Três Poderes “são inaceitáveis e precisam ser reprimidos com o rigor da lei”. Segundo ele, é preciso dar exemplo para quem ousar afrontar a democracia e os poderes constituídos.

“A Justiça será rigorosa com esses bandidos, fascistas, terroristas. Eles não passam disso. As pessoas de bem, homens e mulheres que produzem, fiquem tranquilos, nós vamos pacificar o Brasil”, disse o ministro.

Sobre a participação de empresários do agronegócio no financiamento dos terroristas, Fávaro declarou: “Lamentavelmente acho que é verdade. Fazem parte daqueles poucos, mas muito raivosos, que não fazem bem ao agronegócio. Aqueles que desmatam e tocam fogo ilegalmente são os mesmos que agora atentam contra a nossa democracia. Eles precisam ser punidos rigorosamente para o bem do agronegócio e do Brasil”.

O ministro ainda criticou os diretores do Aprosoja ao ser categórico em afirmar que a instituição vem apoiando os atos antidemocráticos. “Eu fui presidente da entidade em meu estado. É a maior entidade de produtores do Brasil. Mas não posso fechar os olhos. Membros da Aprosoja participaram, sim, de atos antidemocráticos. Um delegado da entidade foi preso ateando fogo em caminhão, em uma praça de pedágio. Não estou trabalhando com hipóteses, são fatos reais. É realmente lamentável”, destacou Fávaro.

Ele ainda acrescentou: “O incentivo feito verbalmente pelos atuais ocupantes das diretorias da Aprosoja levou muitos produtores a perderem o senso de compromisso com a democracia”.

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Outro Lado - A Aprosoja por meio da assessoria de imprensa enviou nota ao sobre a fala do ministro do Carlos Fávaro.

Confira nota na íntegra: 

Para Aprosoja-MT, a fragmentação do ministério tira poder do Ministro e preocupa quanto à implantação de políticas agropecuárias

Em entrevista concedida à revista Veja, publicada em 13 de janeiro de 2023, o Ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Senador Carlos Fávaro, fez uma análise dos acontecimentos recentes, incluindo as ações extremistas que culminaram na invasão do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, acontecimento que foi repudiado em nota pública pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

Sem entrar no mérito das visões do ministro, não poderíamos deixar de nos manifestarmos sobre a acusação feita por ele de que a entidade teria apoiado atos antidemocráticos.

“Embora o ministro, que também é Senador da República, tenha usado como referência uma fonte ‘verbal’, esta denunciação caluniosa não condiz com a postura esperada de um Ministro de Estado, especialmente em se tratando de um fato tão grave”, destaca a Aprosoja-MT.

A Aprosoja-MT se manifesta publicamente sobre os assuntos de interesse dos seus associados, e aqueles que a acompanham sabem que a sua defesa sempre foi pela liberdade de expressão, defesa do direito de propriedade, liberdade econômica e respeito à Constituição Federal. Não há, nem nunca houve por parte de sua diretoria suporte ou incentivo à depredação de patrimônio público ou privado.

A Aprosoja-MT é uma entidade política, porém apartidária em decorrência do seu estatuto. Em virtude desta previsão normativa interna não apoiou qualquer candidato a cargo eletivo nas eleições passadas.

Sobre as resistências dos produtores de Mato Grosso ao nome do Ministro, há de ressaltar que nem o setor e sequer seu município de origem apoiou massivamente sua candidatura ao Senado, sendo fundamental para o seu sucesso no pleito o poderio econômico que suportou sua campanha. Este descolamento do parlamentar da sua base se deve especialmente à forma como ele desembarca de suas parcerias políticas, foi assim na gestão Pedro Taques e se repetiu agora com a gestão estadual do governador Mauro Mendes.

A respeito da entidade, o foco tem sido dado ao desenvolvimento de pesquisas para adequado manejo de pragas, redução do uso de insumos químicos e aumento de produtividade. Já são três campos de pesquisas mantidos pela Aprosoja-MT, um único deles, a exemplo, é responsável por uma vitrine de materiais que já superou 115 variedades testadas no último ano.

Com o projeto Aproclima, 67 estações meteorológicas foram espalhadas pelo estado, trabalho por meio do qual pretendemos aperfeiçoar as previsões climáticas regionais, inclusive com resultados que já têm servido de apoio para a Defesa Civil do estado.

E ainda, investimos em melhoria contínua dentro das propriedades rurais, com o Projeto Soja Legal, implementando governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) a mais de 3 milhões de hectares de soja cultivadas no estado de Mato Grosso, projeto recentemente acredito pelo Ministério da Agricultura.

No campo regulatório, a busca por mecanismos que solucionem os gargalos da armazenagem no país é uma batalha constante da entidade, especialmente para viabilizar economicamente, e à longo prazo, a atividade produtiva de pequenos produtores rurais. Noutra ótica, parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e técnicos do ministério se recordarão da participação colaborativa da entidade no desenvolvimento dos instrumentos privados de crédito, destacadamente para o aperfeiçoamento do patrimônio rural em afetação, uma das bases para que o crédito não seja um obstáculo para o nosso crescimento.

Enfim, esses são apenas alguns exemplos do porquê de a entidade ter se mantido ausente dos debates sobre questões paralelas. A Aprosoja-MT tem trabalhado e muito pelo futuro da agricultura sustentável e pela sustentabilidade financeira do produtor, mas este também depende das políticas públicas agropecuárias.

“Chegou a hora do Ministro Carlos Fávaro parar de olhar no retrovisor e olhar para frente, tentar recuperar as atribuições que o ministério perdeu e realmente se preocupar com políticas agropecuárias que tragam benefícios para os produtores”, finaliza a Aprosoja-MT”.

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