O Congresso Nacional abre nesta segunda-feira (5) o ano legislativo com um calendário apertado devido às eleições municipais de 2024. Em 2023, a bancada de Mato Grosso se destacou pela polarização entre os deputados Abílio Júnior (PL) e Emanuel Pinheiro Neto, popular Emanuelzinho (MDB), que se posicionaram em lados opostos em relação ao governo federal.

O índice de governismo de cada parlamentar é calculado a partir das votações em plenário. Votos iguais à orientação do governo (sim ou não) aumentam a taxa, enquanto qualquer opção diferente (seja sim, não, abstenção ou falta) diminui o índice.

Segundo o Radar do Congresso, ferramenta do Congresso em Foco que acompanha as votações no Legislativo federal, Abílio esteve presente em 99% das votações na Câmara e se posicionou contra a orientação do governo em 79% das vezes. Com apenas 21% de governismo, ele se configura como o deputado de Mato Grosso que menos votou junto com o governo.

Com 97% de presença no plenário, Emanuelzinho se destacou como o deputado de Mato Grosso que mais votou junto com o governo, divergindo da orientação em apenas 3% das votações. Seu índice de governismo de 97% demonstra um alinhamento com as posições do governo federal. 

A posição divergente dos deputados reflete a polarização política nacional e a fragmentação da bancada de MT. Abílio se consolida como referência da oposição ao governo federal, enquanto Emanuelzinho, que é vice-líder do governo, se configura como um aliado. Essa dinâmica tende a se intensificar em 2024, ano de eleições municipais, enquanto Emanuelzinho busca ampliar sua base de apoio nos municípios, Abílio tenta se fortalecer para a disputa da Prefeitura de Cuiabá.