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Política Terça-feira, 15 de Dezembro de 2020, 16:27 - A | A

Terça-feira, 15 de Dezembro de 2020, 16h:27 - A | A

resistência

Emanuel não descarta mudança partidária e diz que MDB precisa deixar de apoiar elite para apoiar povo

Adriana Assunção/VG Notícias

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) em entrevista nesta terça-feira (15.12), não descartou sua saída do MDB. Pinheiro afirmou que o partido precisa “deixar de ser elite” e passar a ouvir mais os sentimentos das ruas, do povo.

No entanto, segundo ele, neste momento não está pensando em deixar a sigla. “Eu não estou pensando nisso no momento, na verdade, não foi o MDB que ganhou a eleição em Cuiabá. A gestão Emanuel Pinheiro é quem ganhou a eleição em Cuiabá, o MDB precisa entender isso, e se reciclar, se reestruturar e se alinhar com o desejo da população cuiabana, deixar de ser elite para ser povo”, afirmou o prefeito em entrevista à Rádio Metrópole FM.

Questionado se mudaria de partido, caso a “reciclagem” do MDB não venha acontecer, Emanuel respondeu: “Alguém vai ter que sair, o partido tem que sentir o sentimento popular, tem que ter bandeiras, ideias (...). O MDB tem que se reencontrar e eu quero ajudar!”

Emanuel contou que quase todos partidos já o convidaram, mas, segundo ele, sua permanência depende mesmo do MDB: “Depende só o MDB respeitar o resultado das urnas, fazer a leitura correta das forças políticas que acenderam com as urnas. Todo partido que quer ficar forte, ele se ajusta ao resultado das urnas, então, necessariamente o MDB precisa fazer uma revisão da sua força política”, declarou.

O emedebista citou como exemplo, que sua militância - formada pelo povo -  venceu a elite política do Estado liderado pelo governador do Estado, Mauro Mendes (DEM), que apoiava o seu adversário Abílio (Podemos), incluindo lideranças de seu próprio partido, como a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e o deputado federal e presidente estadual da sigla, Carlos Bezerra.

“Nós ganhamos! Toda elite se uniu e nós ficamos com Deus e com o povo em nosso palanque e ganhamos uma eleição histórica, memorável. Lideranças inclusive do meu partido, de outros partidos aliados que estavam conosco, nos traíram, não nos apoiaram, ficaram do lado do governador, inclusive promovendo uma campanha de baixo nível, um desrespeito à população cuiabana, ataques a mim e minha família, agressão de tudo quanto é jeito, tanto na imprensa, como nas redes sociais, mas a população ficou com a verdade”, relatou.

Emanuel explicou ainda, porque não compreceu a reunião do MDB com o governador Mauro Mendes. Segundo ele, seria uma injustiça com seus apoiadores já que a sigla não o apoiou.

“O meu exército que foi às ruas e deram o sangue sentiu que seria uma injustiça muito grande, eu, após dois, três dias da eleição, com um partido que não tínhamos resolvido os problemas internos e que não me apoiou, quiseram encostar na nossa vitória, que foi uma vitória popular. Eu entendi o que meu partido queria fazer, e eles não estavam errados, mas não era oportuno”, afirmou o prefeito.

Leia mais - Emanuel diz que base aliada está magoada e reunião com Mendes no momento não é oportuna

Já sobre a troca da presidência municipal do MDB, Pinheiro explicou que não houve ainda troca de comando do atual presidente Faiad pela deputada Janaina Riva, como noticiado, segundo ele, a troca ou continuidade ainda está sendo tratada.

“O presidente do partido é o Faiad, ele continua sendo presidente do partido até a mudança da provisória, que está sendo discutido. Não faz sentido tirar um presidente que reelegeu um prefeito, que fez um vereador na Câmara. Isso é pedir para ter uma crise interna. Não estou nem entrando nessa polêmica, essa ‘briga’ que é do Faiad. Eu só coloquei um ponto, o Faiad tem que ser presidente, não existe, ele merece ser presidente até com mérito, com vitória nas urnas contra tudo e contra todos, inclusive contra a maioria do nosso partido. Agora eles querem tirar o leal, para colocar o derrotado desleal? Isso não dá, é até difícil explicar, se você contar isso em qualquer lugar do Brasil é capaz de rir da nossa cara”, encerrou. 

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