Os deputados mato-grossenses do PL, José Medeiros e Nelson Barbudo, em vídeo publicado nesta quarta-feira (13.11) nas redes sociais, criticaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita a semana de trabalho a 36 horas [quatro dias de trabalho] e propõe o fim da escala 6×1.
Na manhã de hoje, a autora da PEC, deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), anunciou que conseguiu o número mínimo de assinaturas para protocolar a proposta e consequentemente iniciar o trâmite da mesma. Segundo ela, 179 deputados assinaram a PEC [eram necessários 171], entre eles dois parlamentares de Mato Grosso: Emanuel Pinheiro Neto (MDB) e Gisela Simona (União).
Gisela, em vídeo publicado na rede social, afirmou que não concorda com o texto e que assinou a PEC para discutir “melhor” a proposta na Câmara dos Deputados, por meio de audiências públicas para ouvir os trabalhadores, especialistas na área trabalhista, e desta forma “encontrar um texto que melhor atenda os anseios de todos”.
"É preciso deixar bem esclarecido que a PEC ainda não está em tramitação e não existe uma votação em andamento. Por isso, defendemos que ela seja aceita e possamos buscar um regime trabalhista justo e produtivo para nosso país", escreveu a deputada.
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Já os deputados José Medeiros e Nelson Barbudo se manifestaram contra a proposta sob argumento de que a jornada de trabalho havia sido amplamente discutida em 2021 na Câmara dos Deputados, durante a discussão da Nova Reforma Trabalhista, que na ocasião alterou uma série de regras para os trabalhadores.
“A escala nós definimos na reforma trabalhista que é livre. Se o patrão e o empregado decidirem só um dia por semana, é livre”, disse Medeiros.
Barbudo ainda disparou que a PEC do fim da escala 6×1 seria uma forma dos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “jogar para a torcida” e tentar fazer mídia utilizando o trabalhador brasileiro.
“Eles estão querendo jogar para a torcida. O Brasil está endividado. O Lulão não sabe o que fazer, onde roubar mais os impostos dos brasileiros, e a onda é essa: de fazer mídia do trabalhador brasileiro, do trabalhador mato-grossense”, declarou Nelson.
Ele ainda acrescentou: "Trata-se apenas de barulho promovido por pessoas que buscam mídia para si mesmas, propondo um regime de trabalho que entra em paradoxo com a realidade brasileira, sem levar em consideração o custo para os empresários. De onde viria o dinheiro para cobrir esse valor?".
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