O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), diz lamentar a prisão do ex-secretário de Estado de Ciências e Tecnologia e Inovação (Seciteci), Nilton Borgatto (PSD), ocorrida nesta terça-feira (19.04). A suspeita de Pinheiro é que o ex-secretário possa ter cometido o suposto crime de tráfico internacional de drogas enquanto comandava a pasta na gestão do governador Mauro Mendes (União Brasil).
Borgatto foi um dos alvos da Operação Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal nesta manhã, em uma investigação sobre o envio de drogas para Portugal.
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Emanuel declarou que uma prisão como esta, de um ex-secretário, não é motivo para ninguém comemorar, e que caso essa situação for “medida pela mesma régua que Mauro Mendes mede as outras pessoas, o governador está enrolado”. Contudo, as reiteradas críticas do governador Mauro Mendes (UB) ao prefeito Emanuel Pinheiro - é em decorrência do afastamento de sete secretários da Prefeitura de Cuiabá por suposto envolvimento em corrupção enquanto no caso do ex-secretário não se trata de assuntos governamentais, o que ocorre é uma acusação de cunho pessoal.
“O fato em sim é lamentável, não merece ser comemorado, mas se for medida pela régua que o governador mede todo mundo, inclusive o prefeito da Capital, o governador está enrolado. Se for para medir na régua dele (Mauro). O secretário ficou praticamente quatro anos na pasta, durante quase todo mandato dele. Saiu há duas semanas para ser candidato a deputado federal, ou seja, o suposto crime que ele é denunciado pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal, se ele praticou, praticou dentro do Governo do Estado”, disse Pinheiro.
O prefeito ainda acrescentou: “Acusação gravíssima de tráfico internacional de drogas. Ninguém sabia? O governador não sabia? Medida para régua do governador certo (...) Ele (Nilton) saiu há duas semanas. Por muito pouco ele não foi preso dentro do Governo. E agora governador, o que o senhor vai dizer? Que não sabia? Que se sente traído? Que vai dar direito de defesa? Concordo, isso vale para todos, o senhor não acha?”.
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