O deputado Carlos Avallone (PSDB) afirmou durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) que muitas mulheres estão sendo vítimas de violência doméstica cometidas por policiais civis ou militares com quem mantinham ou ainda mantém relacionamentos. Segundo Avallone, servidores da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), que deveriam estar, na verdade, protegendo as vítimas, são agressores em muitos casos.
De acordo com balanço apresentado pelo Governo do Estado na audiência pública das metas físicas nesta terça-feira (28.10), Sesp tinha uma previsão de atender 23 mil mulheres, mas os atendimentos excederam o previsto e chegaram a 33 mil atendimentos.
"Eu vou publicitar um assunto que a nossa Procuradoria da Mulher está percebendo e eu queria que vocês da área de Segurança Pública nos ajudassem nisso, tem várias mulheres que estão se sentindo ou estão sendo agredidas por agentes de segurança", afirmou Avallone. "Não é uma, não é duas, não é três, são várias e elas não estão conseguindo fazer a denúncia porque sabem que não vão ser protegidas", declarou o deputado.
A fala do parlamentar se refere a episódios em que agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil foram alvos de acusação de violência doméstica. No caso mais famoso, o segurança da primeira-dama Virginia Mendes, Eros Rogério, foi acusado de agredir um suposto enteado. Ele nega as acusações.
Em outro episódio, a personal trainner Débora Sander, 42 anos, decidiu expor em sua conta no Instagram a agressão sofrida por um Policial Civil. Ela havia sido agredida em um condomínio de Cuiabá.
Outro caso refere-se a uma investigação sigilosa contra um delegado de polícia que também foi acusado de agressão contra a sua esposa.
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