O deputado estadual Wilson Santos (PSD) classificou “como uma bomba que caiu na Assembleia Legislativa”, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet Branco, que pode anular a eleição da Mesa Diretora, que elegeu os deputados estaduais Max Russi (PSB) como novo presidente e Dr. João (MDB) como primeiro-secretário do parlamento.
“Foi uma bomba que caiu na Assembleia, uma surpresa gigantesca. Como disse: A Mesa que vai assumir em 1º de fevereiro foi eleita pelos 24 deputados. Não havia divergência. Quem é que foi levar o regimento interno? Quem é que foi provocar o procurador-geral? Essa pergunta eu não consigo responder”, questionou o deputado, em entrevista ao jornalista Geraldo Araújo.
Wilson desconhece quem poderia ter provocado a Procuradoria-Geral da República para questionar a eleição da Mesa Diretora. Ele também alertou, que a manifestação da PGR não pode ser entendida como uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu não conheço quem possa ter feito essa provocação. Essa posição da PGR não é uma posição do Supremo. É uma posição da Procuradoria Geral da República. Algo que nos incomoda: porque essa Mesa foi eleita por 24 votos favoráveis, unânime. E esta modificação na Constituição Estadual foi feita há mais de 15 anos e a PGR nunca questionou isso. A PGR nunca cobrou isso. Eu não entendo o que a Procuradoria Geral da República viu de irregular”, declarou o deputado.
Repercussão
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) Eduardo Botelho (União) defendeu em entrevista à imprensa nessa quinta-feira (30.10) a manutenção da eleição, que definiu o deputado estadual Max Russi (PSB) presidente da Mesa para o biênio 2025/2026.
Botelho evitou comentar se pretende disputar uma nova eleição, caso o entendimento da PGR permaneça. “Estamos trabalhando com a hipótese da não anulação. Vamos esperar para ser notificado. A nossa Procuradoria tem convicção, que é possível manter a eleição. Vamos trabalhar na manutenção”, declarou Botelho.
Um dos motivos apontados para questionar a eleição foi a antecipação do pleito. Sobre o apontamento, Botelho afirmou que a ALMT alterou em poucos dias a data. “A data já existe aqui há mais de 12 anos, então não teria sentido essa anulação agora”, afirmou Eduardo Botelho.
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