O deputado Wilson Santos (PSD) comentou em entrevista ao “VGN no AR” sobre a reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para debater com os governadores sugestões para “PEC da Segurança Pública”. Lula, o governador de Mato Grosso em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos) e outros governadores defenderam um "pacto" para o combate ao crime organizado.
Wilson lembrou uma entrevista dada há 20 anos pelo líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. O criminoso disse, à época, que o Brasil é um país atrasado, com uma máquina pública desorganizada, e ineficiente. Ele afirmou, ainda, que o crime organizado iria assumir o controle, colocando um soldado do narcotráfico em todas as esquinas desse país.
Segundo o deputado, na atualidade, o crime organizado tem várias bocas de fumo, disciplina e um soldado do crime nos grandes centros e até no menor distrito do país, incluindo a Comunidade de Agrovila das Palmeiras em Rondonópolis, Chapada dos Guimarães e em Cuiabá.
“Estamos tomando mais do que 7 a 1, uma goleada. O crime organizado organizou-se mesmo. Está nas periferias, onde o Estado virou as costas e não leva esporte, não leva cultura, não leva assistência social e o crime organizado está ocupando esse espaço. Ganhando simpatia desse segmento social. Na área política, aqui em Cuiabá, foi preso há menos de 90 dias um vereador no exercício do mandato. Ele foi preso, algemado, colocado o camburão. Um vereador no atual exercício”, destacou Wilson.
O deputado também citou a acusação do vereador eleito Rafael Ranalli (PL), que afirmou que quatro vereadores de Cuiabá foram eleitos com financiamento de facção. O afastamento de desembargadores de Mato Grosso do Sul e dois desembargadores e um juiz da comarca de Vila Rica, envolvidos em venda de sentença.
“O aparelho celular do advogado Roberto Zampieri [morto com 10 tiros dentro do próprio carro em frente ao escritório] é uma verdadeira Bíblia da malandragem, da corrupção de autoridades, da compra e venda de sentenças, da malversação do dinheiro público. Quer dizer, o crime organizado entrou e está em todos os lugares. E eu vejo essa iniciativa da presidência da república tardia, mas necessária”, afirmou Wilson.
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