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Política Domingo, 25 de Agosto de 2024, 11:50 - A | A

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Eleição 2024

Em VG mais de 50% dos eleitores não tem candidato a vereador, diz pesquisa

O publicitário ou especialista Carlos Oliveira comentou o método de análise e os “ataques” à pesquisa eleitoral em Várzea Grande

Adriana Assunção/VGN

A pesquisa na modalidade espontânea do Instituto Mais divulgada nessa quarta-feira (21.08) mostrou que mais de 50% dos eleitores não têm candidato a vereador.

O entrevistou publicitário Carlos Oliveira, que comentou o método de análise e os “ataques” à pesquisa eleitoral em Várzea Grande. Ao todo, 313 candidatos pleiteiam as 23 vagas na Câmara Municipal.

Conforme a pesquisa, 48,3% dos eleitores não sabem em quem votar a vereador se a eleição fosse hoje em Várzea Grande, 1,5% responderam que não votariam em nenhum candidato e três nomes que não disputam vaga na Câmara Municipal foram lembrados pelo eleitor.

“A pesquisa diz que mais de 50% são indecisos, 48% não tem candidato ainda, 1,5% estão indecisos, aparece um deputado estadual que não é candidato a vereador, que é o Fabio Tardin, ele pontua na pesquisa, aparece Flávia Moretti que é candidata a prefeita, ela pontua na pesquisa e aparece o Pedro Tolares, que é o candidato a vice-prefeito que aparece na pesquisa. Somando os votos de Fabinho, Pedrinho e Moretti ultrapassa 50% de eleitores que não decidiram em quem vai votar para vereador”, comentou o publicitário.

Carlos Oliveira explica que a lembrança do eleitor ao nome do deputado Fabinho (PSB), que não é candidato, ao vereador Pedrinho (União), que disputa a vice-prefeito, e a advogada Flávia Moretti (PL) candidata a prefeita, se trata da espontaneidade do eleitor.

Segundo ele, é impossível apresentar mais de 300 candidatos para o eleitor em uma modalidade estimulada.

“O que acontece: muitos candidatos são desconhecidos e quando é feita a pesquisa eleitoral, em um universo de mais de 300 candidato, é impossível um instituto realizar a pesquisa na modalidade estimulada. São mais de 300 cartões de vereadores para mostrar para o eleitor. O que os institutos fazem? Fazem uma pesquisa espontânea”, destacou o presidente do Instituto Mais.

Ataques em redes sociais

Carlos Oliveira afirmou que pesquisa é a estratificação do momento eleitoral, da vontade do eleitor. Ele orienta aos candidatos a vereador que não pontuaram a não “atacar” o instituto ou a credibilidade da pesquisa, segundo ele, o caminho ideal é usá-lo para criar estratégias para conquistas de eleitores.

“É esse o trabalho que o vereador tem que fazer, não ficar brigando com pesquisa, não ficar combatendo a pesquisa nas redes sociais, questionando a credibilidade do Instituto A ou B. Ele tem que ir atrás do eleitor e desmistificar: ler a pesquisa com atenção, com as pessoas que entenda um pouquinho de leitura de pesquisa.”

Aos assessores, Carlos Oliveira afirma que eles são responsáveis por aconselhar o candidato a vereador ler a pesquisa, incluindo observar a quantidade de indecisos para intensificar o trabalho em busca de voto e não ficar “brigando com a pesquisa” em grupos de WhatsApp.

“Ficam combatendo a pesquisa, falam que a pesquisa é comprada. Vai para o grupo de WhatsApp falar que o candidato dele não pareceu porque o candidato dele não deu dinheiro e não é verdade, porque a pesquisa tem um método e é registrada no Tribunal Superior Eleitoral [TSE], ou seja, no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso [TRE]”, declarou.

Ação contra pesquisa

Um dos exemplos citados pelo publicitário ou especialista é que um determinado partido político, não citou o nome, entrou com um pedido de verificação de questionário. A Justiça concedeu, mas o representante do partido não veio ao Instituto Mais para ter acesso aos questionários.

“Ora é muito mais fácil para o candidato falar mal da pesquisa do que colocar a equipe dele a campo”, criticou Carlos Oliveira.

Vereadores com mandato despontam na pesquisa

Carlos Oliveira também comentou porque vereadores com mandato aparecem na pesquisa. Neste caso, a explicação é por conta dos dias das entrevistas se coincidirem com o início da campanha, nos dias 17 e 18 de agosto.

“Muitos eleitores conhecem mais os políticos que já tem cargos, que estão há quatro anos participando da mídia, aqueles que assumiram, que são os suplentes, vereadores que foram candidatos a outros cargos, eles aparecem espontaneamente. As pessoas lembram destes nomes. Os candidatos iniciantes não deram tempo ainda de fixar seu nome na mente do eleitor”, detalhou Oliveira.

Ele explica, que os assessores de candidatos precisam estudar a metodologia, o questionário e o território alcançado para criar estratégia para conquistar eleitores.

“Amanhã ou depois, sai outra pesquisa: os questionários são distribuídos de outra forma nos territórios, vão aparecer outros nomes. O ideal seria pegar as várias pesquisas para vereador, ou candidato e a assessoria dele e fazer um túnel, que é um túnel, colocar em tal data eu apareci com [x], nesta data apareci com [x] e procurar saber os lugares em que ele aparece melhor, os lugares dos nichos eleitorais dele. É esse o ideal, não brigar com pesquisa principalmente. Brigar no bom sentido em busca de eleitor”, declarou o publicitário ou especialista

Método de pesquisa

O publicitário Carlos Oliveira explica que o método de pesquisa eleitoral, inclui amostragem por território no município de Várzea Grande. Segundo ele, a manifestação de dois votos em um mesmo candidato na mesma região interfere no resultado da pesquisa.

“A pesquisa é feita por questionário em zonas, distribui o território de Várzea Grande e distribui um número de pesquisado, de questionário para cada região: o que ocorre, pode chegar num determinado local e o pesquisador entrevista o eleitor em uma quadra e ele fala candidato [X], mais duas quadras encontra novamente um leitor do candidato [X],e isso interfere no resultado, eu digo até que contamina o resultado da pesquisa dado o universo de questionário expostos, por exemplo, se for expor 100 questionários no município, duas pessoas em um determinado bairro indica o mesmo candidato já são 2%. Em uma pesquisa de vereador, 2% é muito voto em um universo de 100 questionários.”

Sobre a pesquisa do Instituto Mais

A pesquisa para vereador foi conduzida de forma espontânea, ou seja, sem que qualquer nome fosse previamente apresentado aos eleitores. Isso permite que os entrevistados mencionem livremente o nome que desejarem. Por essa razão, podem surgir nomes de pessoas que não são candidatas a vereador ou concorrem a outros cargos.

A pesquisa entrevistou 400 eleitores nos dias 17 e 18 de agosto, com uma margem de erro de 4,89% para mais ou para menos, e um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MT-08126/2024. 

 
 
 

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