Após um acordo comandado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB), foi apresentado na sessão vespertina de ontem (04/03), Requerimento de criação e instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as obras de Mobilidade Urbana do Veículo Leve sobre Trilhos - VLT, a obra mais cara da Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo de 2014, orçada em R$ 1,477 bilhão.
O presidente anunciou ainda que o acordo das lideranças partidária, definiu como membros da CPI do VLT, os deputados Janaina Riva (PSD), Oscar Bezerra (PSB) e Peri Taborelli (PV) que apresentaram em separado, pedidos de instalação da referida Comissão Parlamentar de Inquérito.
"Na próxima semana a Mesa Diretora indicará, em consenso com os deputados, os membros da CPI e quem presidirá e relatará os trabalhos referentes as investigações sobre denuncias de irregularidades de possíveis desvios das obras do VLT", explicou Guilherme Maluf assegurando total apoio político e técnico para as investigações.
O presidente admitiu ainda, que a CPI, tem condições de ampliar as investigações para todas as obras da Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo, caso isto se demonstre necessário e for em consenso com os outros parlamentares. "Essa CPI terá prazo regimental de 180 dias, podendo ser prorrogada uma vez. A Comissão deve apresentar resultados quanto aos valores consumidos, os prazos não respeitados e a qualidade das obras, para que não se permita que Mato Grosso entre para a história como mais um Estado com obras paralisadas e com o prejuízo sendo depositado na conta do cidadão", disse Guilherme Maluf.
O deputado e líder do PSD, Gilmar Fabris, sinalizou que é favorável a apuração dos fatos, mas desde que isto não represente um instrumento político que vai protelar ainda mais as obras e o benefício que tem que chegar ao cidadão que usa do transporte coletivo de massa. Ele defendeu que o VLT seja concluído e privatizado, pois a iniciativa privada tem competência que o Poder Público não tem em gerenciar um sistema moderno como o VLT.
Já o deputado Mauro Savi (PR), se colocou contrário a CPI, defendendo que à Assembleia Legislativa convocasse o Consórcio VLT Cuiabá, que ganhou a licitação das obras do VLT, para prestar esclarecimentos e principalmente, para definir um cronograma de retomada e conclusão das obras.
"Existem órgãos como o Tribunal de Contas de Mato Grosso e o Ministério Público que podem se unir à Assembleia nas apurações dos fatos e punição dos responsáveis, mas temos, neste momento, é que encontrar solução para concluir as obras e atender a demanda do cidadão que usa do caótico transporte coletivo de massa em Cuiabá e Várzea Grande", disse Mauro Savi.
A deputada Janaína Riva (PSD), sinalizou que a CPI chega no momento correto, para demonstrar se houve ou não irregularidade nas obras do VLT, mas também para definir outras questões como a conclusão das obras tão essenciais para a população.
Já o líder do PSB, Oscar Bezerra, que também havia apresentado um pedido de CPI para apurar possíveis irregularidades apontou que a sociedade de Mato Grosso cobra uma resposta sobre as obras da Copa do Mundo e principalmente em relação ao VLT.
O líder do Governo, deputado Wilson Santos (PSDB), defendeu que as apurações sejam isentas de questões político-partidarias, mas que sejam feitas com profundidade, pois não se pode impor ao Estado e a população um prejuízos que poderá se tornar irreparável, mesmo que as obras sejam concluídas. "O governador Pedro Taques defende uma apuração isenta e profunda para que Mato Grosso demonstre ao Brasil que não vai varrer para baixo do tapete seus problemas".
Segundo o presidente Guilherme Maluf, a CPI poderá ainda colocar em discussão outro assunto polêmico que é sobre o valor a ser definido para a taruifa do Modal de Transporte Coletivo de Massa da Grande Cuiabá e Várzea Grande.
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