Pretenso candidato ao Senado Federal nas eleições de 2022, o deputado federal Neri Geller (PP), em entrevista à imprensa nessa quinta (16.09), questionou a suposta “importação” do ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas para ser candidato ao cargo de senador por Mato Grosso.
Na última semana, o ministro teria revelado sua pretensão política em disputar uma vaga ao Senado ou pelo Estado de Goiás, ou por Mato Grosso, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Sobre a candidatura do ministro, Geller diz encarar com muita tranquilidade, mas lembra que Tarcísio não é eleitor em Mato Grosso.
"Encaro com muita tranquilidade, primeiro porque eu tenho moral para falar do Governo Bolsonaro, porque as matérias difíceis de serem encaradas, eu fui chamado pelo Governo e dei todas as sustentações para o Governo do Bolsonaro, as matérias de interesses do País, com posição firme, sem fazer demagogia a política em redes sociais e trabalhando para ajudar o Estado e ajudar o Brasil. Então eu tenho legitimidade para falar em nome do Governo, até pela posição de liderança que eu ocupo no Congresso Nacional. E segundo, a Democracia é isso, qualquer um pode ser candidato, desde que tenha título, e o dele não é de Mato Grosso, eu fiz o meu primeiro título quando eu completei 18 anos e morava em Lucas do Rio Verde, o meu título sempre foi de Mato Grosso”.
Geller ainda lembrou que o Estado tem bons nomes para a disputa e não precisa importar gente de fora para ter candidato ao Senado Federal. “Será que a gente vai precisar importar gente para disputar o Senado Federal? Nós não temos gente competente aqui no Estado? Lideranças que tenham serviços prestados?”
O deputado criticou também a falta de cuidado do ministro com a infraestrutura do Estado e do Brasil. “Com todo respeito ao ministro Tarcísio, ele acha que pode ser governador em São Paulo, senador em Goiás, pode ser senador em Mato Grosso, me parece que ele é do Rio de Janeiro, ele pode daqui a pouco ser governador lá, eu acho que essa discussão eu tenho muita tranquilidade, todos os meus possíveis adversários que podem vir o ano que vem são meus colegas, tenho maior respeito e falo com muita tranquilidade que o debate político eleitoral ele nunca vai se opor ao meu trabalho como deputado federal, nunca! Eu vou trabalhar sim com a possibilidade de ser candidato ao Senado, até porque o meu grupo definiu isso, e vou discutir isso ano que vem. Agora, o ministro não tem cuidado nem da infraestrutura do nosso Estado e do nosso Brasil. Política se discute no ano que vem” destaca.
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Já sobre o apoio do governador Mauro Mendes (DEM) - se será à reeleição do senador Wellington Fagundes (PL) ou a dele, Geller diz que está tranquilo e andando junto com Fagundes, mas não está doente para ser candidato ao Senado.
“O nosso trabalho é muito convergente, eu e o Wellington estamos trabalhando juntos, alinhadíssimos nas pautas aqui para o Estado de Mato Grosso, eu estou pronto, trabalhando na base, com os prefeitos, governador e com as entidades que representam o comércio a agricultura para termos um mandato forte e ter uma base eleitoral, se isso acontecer tudo bem, se não, eu não estou doente para ser candidato ao Senado”.
Ao final, ele ressalta que a sua candidatura vai se consolidar se ele tiver condições de disputar as eleições. “Se eu tiver condições políticas e condições eleitorais, eu estou trabalhando por isso sim, mas sem fazer nenhuma besteira, respeitando muito o diálogo a convergência e principalmente cuidando o mandato para ajudar o país e o Estado de Mato Grosso”.
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