Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Parlamentar alega ter sido vítima de ameaças que podem ter sido proferida a mando de Bolsonaro
O deputado federal, Luis Miranda (DEM-DF), protocolou na tarde desta quinta-feira (24.06) na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI da Covid), pedido de prisão por coação contra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e o assessor da Casa Civil, Élcio Franco.
Miranda afirma que vítima de ameaças por parte de Onyx Lorenzoni e Élcio Franco na coletiva concedida por eles nessa quarta-feira (23.06), em que foi revelado que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou que a Polícia Federal investigue o parlamentar e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda. O motivo são as denúncias sobre suposta fraude na compra da vacina Covaxin.
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"Contaram com o apoio de todo aparato estatal da Presidência da República, a saber, convocaram a imprensa para uma coletiva (....) e prometeram utilizar todos os órgãos que supõem estar ao seu alcance, para prejudicar a mim e meu irmão”, diz trecho do documento.
Segundo o deputado, o momento escolhido por Onyx tem intuito de coagi-lo e reprimir os trabalhos da CPI da Covid, com objetivo de “prejudicar espontaneidade dos depoimentos”.
“Há ameaças claras desprendidas contra mim e meu irmão em público, ou melhor, com repercussão nacional e internacional, proferidas por um ministro ladeado por um investigado dessa CPI. A utilização de termos como vai pagar na justiça, que Deus tenha pena do senhor, trair o presidente Jair Bolsonaro, traiu o Brasil, se junta a todo mal que há na política brasileira, somente podem pretender amedrontar e ameaçar as testemunhas na véspera do seu depoimento”, diz outro trecho do documento.
Ao final, Miranda pede a prisão Onyx e Élcio Franco: “Diante disso, cientes de que toda máquina estatal foi conclamada pelo ministro Onyx com intuito de mostrar força e ameaçar as testemunhas convidadas por essa CPI, serve a presente para requerer que se digne Vossa Excelência, determinar a prisão de ambos, o Sr. Onyx Lorenzoni e o assessor da Casa Civil Élcio Franco, que deverão ser processados (....), bem como determinar que a Procuradoria Geral da República venha apurar se os autores da ameaça o fizeram a mando do Presidente da República Sr. Jair Messias Bolsonaro, que foi citado como o traído”, encerrou documento.
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