O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) revelou ao 
que a oposição propôs uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para investigar a política ambiental do Estado e o "colapso" na saúde. No entanto, ele alega que as correlações de forças amplas que o governador Mauro Mendes (União) possui na casa de leis impedem o poder legislativo de investigar os casos em questão.
Cabral argumenta que a casa legislativa não pode tomar decisões sobre políticas públicas fundamentadas nos interesses econômicos do governador do estado. "O que nós na Assembleia precisamos primar é pelo desenho das políticas públicas, e nós não podemos ter políticas públicas contaminadas por interesses econômicos."
Segundo Lúdio, a rejeição do requerimento de audiência pública na Assembleia Legislativa para debater o Projeto Lei Complementar (PLC 64/2023), que aborda a realocação de áreas de reserva legal para fins de mineração, teve a "mobilização" da liderança do governo. Isso demonstra, segundo ele, que o Estado não quer abrir o debate para que cientistas, estudiosos de entidades ou a sociedade civil possam discutir a pauta, considerada por ele como "inconstitucional, ilegal e que traz um malefício enorme para o meio ambiente".
A declaração do deputado foi feita ao na manhã desta terça-feira (21.11), durante o evento que empossou o conselheiro Sérgio Ricardo, que irá comandar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) no biênio 2024/20. Para ele, a natureza e a biodiversidade presentes nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal são as maiores riquezas de Mato Grosso e precisam ser protegidas do modelo de exploração econômica prejudicial à natureza.
"Precisamos proteger desse modelo de exploração econômica que é baseado na produção e exportação de commodities, grãos, minérios, especialmente o ouro, que trazem um mal enorme para esse patrimônio que o nosso Estado tem. Nós não podemos deixar o interesse econômico pautar a ação do governo", finalizou.
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