A Polícia Federal informou nesta quinta-feira (23.06) abertura de um procedimento interno para apurar boatos de possível interferência na Operação Acesso Pago que resultou na prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Lembrando que Ribeiro foi solto na tarde de hoje por ordem do desembargador Ney de Barros Bello Filho, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
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Segundo nota, a apuração interna tem como objetivo esclarecer todos os fatos sobre a suposta interferência.
“Considerando boatos de possível interferência na execução da Operação Acesso Pago e objetivando garantir a autonomia e a independência funcional do Delegado de Polícia Federal, conforme garante a Lei nº 12.830/2013, informamos que foi determinada a instauração de procedimento apuratório para verificar a eventual ocorrência de interferência, buscando o total esclarecimento dos fatos”, diz nota da Polícia Federal.
Segundo publicação do jornal Folha de São Paulo, o delegado Bruno Callandrini, responsável pela Operação Acesso Pago, enviou mensagem para colegas da PF relatando que houve uma “decisão superior” para que o ex-ministro não fosse transferido para Brasília conforme determinação judicial.
O delegado afirmou que deixou de ter “autonomia investigativa e administrativa” para conduzir o inquérito que tem Milton como um dos alvos, assim como foi concedido “honrarias não existentes na lei” para o ex-ministro.
“O principal alvo, em São Paulo, foi tratado com honrarias não existentes na lei, apesar do empenho operacional da equipe de Santos que realizou a captura de Milton Ribeiro, e estava orientada, por este subscritor, a escoltar o preso até o aeroporto em São Paulo para viagem a Brasília”, escreveu o delegado Bruno Callandrini, segundo Jornal Folha de São Paulo.
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