Se as eleições presidenciais fossem hoje, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, venceria no primeiro turno com uma diferença de 19 p.p sobre o seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentará a reeleição. Na sequência, pela ordem, vêm Ciro Gomes (PDT), André Janones (Avante), Simone Tebet (MDB), Pablo Marçal (Pros) e Vera Lúcia (PSTU).
Para entender o números, veja o quadro abaixo. O cenário foi captado pela nova rodada de pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na tarde desta quarta-feira (23.06). Considerando os dois melhor colocados, pela pesquisa, Lula tem 47% das intenções de voto no primeiro turno e Bolsonaro vem com 28%, seguido à distância por Ciro Gomes (PDT), com 8%.
Recorte /Datafolha
Dez outros candidatos se embolam, empatados tecnicamente, no pelotão dos que têm de 2% para baixo. A partir desta sexta (24.06), ficarão faltndo 100 dias par o dia das eleições.
Para compor o quadro atual, o Datafolha ouviu 2.556 eleitores em 181 cidades nos dias 22 e 23 de junho. A margem de erro da pesquisa, contratada pela Folha e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022, é de dois pontos para mais ou menos. Não houve muitas mudanças.
O panorama é o mesmo (ou semelhante) à pesquisa anterior, divulgada em 26 de maio. Os pesquisadores do Datafolha foram a campo no mesmo dia em que emergiu a notícia de que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro havia sido preso, na quarta (22). Aliado por quem Bolsonaro disse colocar "a cara no fogo", ele protagoniza a apuração de um escândalo de corrupção, cujo combate é um dos pontos do discurso presidencial.
O imbróglio acerca do o Planalto das rusgas entre o Palácio do Planalto e a Petrobras acerca do reajuste dos preços de stíveis, que impacta na inflação numa campanha eleitoral marcada pelo debate econômico. Além disso, o presidente enfrenta desgastes variados, do assassinato de um indigenista e de um repórter na Amazônia aos problemas de sua gestão, que acumula problemas.
Nesse sentido, a oscilação positiva de um ponto percentual da rodada anterior para cá pode ser até comemorada por aliados mais otimistas de Bolsonaro. Lula fez o caminho inverso, embora só tenha se notabilizado no período pela divulgação de um criticado plano de governo e por ter adicionado tropeços junto ao eleitorado conservador.
O candidato pedetista, Ciro Gomes, segue isolado num patamar abaixo do que havia conseguido em suas três tentativas anteriores de chegar à Presidência. Também oscilou, de 7% para 8%. Ele é seguido pelo grupo liderado numericamente pelo deputado André Janones (Avante-MG), com 2%.
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