O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) em entrevista coletiva nesta quarta-feira (08.09), afirmou que ainda não foi notificado sobre a decisão da juíza Gleide Bispo Santos, da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, que determinou para hoje (08) a volta às aulas na modalidade híbrida sob pena de multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
“Eu não fui notificado ainda. Eu não conheço ainda o inteiro teor da notificação, mas independente disso, contando com a compreensão e com a sensibilidade da juíza Dra Gleide eu orientei a procuradora-geral do município Dra Juliette Migueis, a propor uma reconsideração e uma audiência de conciliação, tendo em vista, todo planejamento da Prefeitura”, declarou o prefeito.
Emanuel destacou que precisa de prazo já que Cuiabá planejou o retorno para dia 4 de outubro no formato híbrido, após todos os profissionais da Educação serem vacinados, inclusive, respeitando os 15 dias da segunda dose.
“Estou com muita esperança que chegaremos a um denominador comum e as aulas híbridas retornam em Cuiabá a partir de 4 de outubro. Tem todo um planejamento criteriosamente para retomar em 4 de outubro, você não muda isso em três dias”, declarou o prefeito.
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Questionado se há um descumprimento da decisão pela determinação que exige o retorno nesta quarta (8), Emanuel disse que não, em razão do recurso impetrado pela Procuradoria.
“Não vai haver descumprimento, estamos entrando com um pedido de reconsideração e de uma audiência de reconciliação, se não for concedida, as aulas terão que voltar. Vou pedir um pouco mais de prazo, porque existe toda uma logística, são 54 mil alunos, 167 unidades contando com a Educação infantil”, argumentou o prefeito.
Para Emanuel, sua decisão é para evitar problemas como os apresentados nas escolas estaduais, que tiveram que fechar após registros de contaminações nas unidades.
“É o que está acontecendo em várias unidades escolares estaduais que já fecharam, que voltaram de forma precipitada e está tendo vários casos, a última foi em Sorriso, 11 casos de profissionais de Educação que testaram positivo, isso aconteceu em algumas unidades de Cuiabá, de Várzea Grande. Eu não quero que Cuiabá entre neste ranking”, declarou.
Já sobre os 48 profissionais que recusaram a vacina, Emanuel afirmou que não será mau exemplo aos demais, considerando os cenários dos trabalhados já imunizados, porém, a Secretaria ainda avalia qual será a punição: “Isso está sendo estudado pela nossa equipe da Educação, a tendência é o afastamento sem ônus. Só 48 dos 7 mil, todos os outros estão imunizados com a primeira dose e vão se imunizar com a segunda”, afirmou.
Emanuel também foi indagado sobre a declaração do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT), Antônio Joaquim, que questionou se o retorno em Cuiabá não acontece por questões de afinidade entre gestores, se referindo a “briga” política travada entre o governador Mauro Mendes e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro.
“Claro que não, se há alguma questão política, ou politicagem é do Governo com o município. Aqui em Cuiabá eu não misturo, principalmente quando diz respeito a saúde e a vida da minha gente, da população cuiabana. A decisão é política, mas todo trabalho é técnico da nossa equipe Vacina Cuiabá. Com relação à parte pedagógica, a equipe técnica da Secretaria de Educação está trabalhando de forma primorosa seguindo orientação”, encerrou o gestor.
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