Jefferson Rudy/Agência Senado
Empresa atuou como intermediária na negociação de 60 milhões de doses da vacina
A Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI da Covid) ouve nesta terça-feira (24.08) o empresário Emanuel Catori, diretor-presidente da Belcher Farmacêutica.
De acordo com a CPI, a empresa se apresentava como representante do laboratório CanSino, fabricante da vacina Convidecia (China), durante as negociações com o Ministério da Saúde.
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Em junho, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, assinou uma carta de intenção de compra de 60 milhões de doses da Convidecia, vacina de dose única, a US$ 17 por dose. O contrato estava estimado em R$ 5 bilhões.
Conforme a Comissão, existe semelhança na atuação da Belcher com a da Precisa Medicamentos – que fez negociação suspeita na venda de imunizantes.
A CPI também quer apurar se há relação entre a Belcher e empresários bolsonaristas e o líder do governo na Câmara, deputado Rircado Barros (PP-PR), uma vez que a empresa tem sede em Maringá, cidade do parlamentar. Barros, que defendeu o imunizante, chegou a dizer que conhece um dos sócios da Belcher.
O empresário conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo, mas está obrigado a responder questionamentos sobre temas que não o incriminem. Ele já teve a quebra de sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático aprovado pela Comissão do Senado.
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