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Política Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024, 11:38 - A | A

Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024, 11h:38 - A | A

Disfarçados: de ser bom

Coronel Vânia alerta sobre benefícios das facções: “O preço é entregar um jovem da família para o crime”

Segundo Vânia, ao aceitar um “benefício” da facção - em busca de solução imediata - a sociedade contribui com o crime organizado

Adriana Assunção/VGN

A vice-prefeita eleita de Cuiabá, coronel PM Vânia Garcia Rosa (Novo) afirmou em entrevista no programa “VGN no AR” nesta quinta-feira (07.11), que a comunidade, que pede favores às facções criminosas, não enxergam que o preço é entregar um jovem da família para trabalhar para o crime.

Segundo Vânia, ao aceitar um “benefício” da facção - em busca de solução imediata - a sociedade contribui com o crime organizado, que age como estado paralelo.

“Eles querem criar um Estado dentro do Estado. É como se fosse uma milícia dentro da polícia. Infelizmente a sociedade, a comunidade que usufrui às vezes de uma - benéfica - da facção, ela não enxerga de forma ampla. Por exemplo: roubaram a minha casa, ela vai ao faccionado que ‘resolve’, porque faz devolver ou ... E ela se ilude como se aquilo fosse uma benfeitoria. Não sabendo que o preço disso é ela entregar um jovem da família dela para trabalhar para o crime”, alertou a vice-prefeita durante entrevista ao jornalista Geraldo Araújo.

Ela alertou ainda, que as facções agem disfarçadas, como se se fizesse o bem para a sociedade. “O ruim ele entra na comunidade, na sociedade muito disfarçado – de ser bom -. De fazer o bem para aquela comunidade. Tem que fazer a comunidade enxergar isso. O preço disso. Sabemos que a cobrança desses benefícios das facções. Esses benefícios, que as facções trazem são altos.”

A coronel Vânia defende que o Estado e o Município retomem seu espaço, levando o bem-estar, a Educação, a disciplina e valores de nação, familiares e “o que é bom e o que é ruim.”

“Temos que retomar o espaço que é do Estado e do município. Não deixar aquém, fora as leis que são infelizmente brandas para criminalidade, pode ser muito bonita a lei escrita no papel, há reclusão de 30 anos, 10 anos, mas na real, não é isso que acontece. Sabemos dos acessos a celulares e toda essa facção continua mesmo dentro dos presídios. O Estado tem que entrar novamente, tomar na verdade o espaço que é dele”, declarou.

Leia mais: Geraldo Araújo entrevista a vice-prefeita eleita de Cuiabá, Coronel Vânia

 

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