Anfitrião do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (18.04), em Cuiabá, e bem avaliado como governador nestes quase quatro anos de mandato, Mauro Mendes (União) estará ‘à cavaleiro’ durante a visita presidencial, até porque o momento não exige dele apoio explícito ao presidente. Precavido, Mendes parece não querer antecipar apoio eleitoral no momento a pré-candidaturas majoritárias - que incluem o Senado Federal.
Mendes tem dito que recepcionar um chefe de Estado não implica em apoio eleitoral. Como são figuras públicas, ele tem defendido participar de eventos com Ciro Gomes, Luiz Ignácio Lula da Silva, Sérgio Moro, desde que não seja evento partidário ou que fique caracterizado apoio às campanhas.
O pano de fundo da visita de Bolsonaro a Cuiabá é contato político com autoridades, apoio à candidatos do governo federal e reeleição ao Planalto – ou campanha eleitoral indireta.
Agenda político-religiosa
Bolsonaro cumprirá agenda política e religiosa em Cuiabá. No Grande Templo, sede da Assembleia de Deus em Mato Grosso, o presidente terá reunião com milhares de pastores evangélicos – muitos de outros estados -, mas o cronograma vai incluir conversas com lideranças políticas. Nesse sentido, o governador pode até exibir um “ar de neutralidade”, pois a boa avaliação do seu governo lhe dá essa condição.O senador Welington Fagundes, os deputados federais como José Medeiros, Nelson Barbudo, entre tantos que hoje são de direita – como o presidente – devem se reunir com ele, inclusive o prefeito Emanuel Pinheiro, que foi convidado, mas oficialmente não se inclinou ao convite.
Certamente, o maior líder do PL vai querer saber a posição de algumas lideranças que ainda não se manifestaram publicamente sobre seu projeto de ficar mais quatros no Planalto, como é o caso de Mauro Mendes.
Na semana passada, o governador mato-grossense esbanjou cautela ao negar que esteja de um lado ou de outro. “Não devemos por a carroça na frente dos bois”, esquivou-se na terça-feira passada (12.04) ao ser questionado sobre a sua posição também em termos de reeleição ao Paiaguás. Novamente, da mesma forma, Mendes negou acordo com o chefe do Planalto. Para Mendes, a recepção a Bolsonaro é um ato formal, já que a vinda a Mato Grosso faz parte da agenda oficial do governo federal.
-“O presidente é o maior líder que temos no país”, disse Mauro em meados da semana, insinuando que pode recepcionar o ex-presidente Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), mas isso ocorreria como governador, não como agente político-partidário.
Horário indefinido
A assessoria do Planalto informou ao VGN que ainda não há um horário em definitivo sobre o embarque do presidente em Brasília rumo a Cuiabá. A confirmação foi apenas da data, que será nesta terça-feira (18.04).
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
