31 de Março de 2025
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Política Quinta-feira, 27 de Março de 2025, 09:23 - A | A

Quinta-feira, 27 de Março de 2025, 09h:23 - A | A

repercussão mundial

Brasil esteve 'perto de retornar à ditadura', diz The New York Times sobre julgamento de Bolsonaro

O jornal destaca, ainda, que Bolsonaro pode ser condenado a penas de 12 a 40 anos de prisão

João Victor/VGN

O The New York Times destacou, em matéria publicada nessa quarta-feira (26.03), a gravidade das acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe após sua derrota nas eleições de 2022. Segundo o jornal norte-americano, a investigação revelou "o quão perto o Brasil chegou de retornar a uma ditadura militar quase quatro décadas depois de sua história como uma democracia moderna".

O veículo detalha a decisão do STF de levar Bolsonaro a julgamento, apontando que ele e membros de seu círculo íntimo são acusados de arquitetar um plano para se manter no poder ilegalmente. O jornal destaca, ainda, que Bolsonaro, que já foi declarado inelegível até 2030, pode ser condenado a penas de 12 a 40 anos de prisão, embora analistas políticos avaliem que uma eventual pena pode ser reduzida. LEIA MAIS: STF conclui votação, com 5 votos a 0 para tornar Bolsonaro e mais sete réus por tentativa de golpe

A suposta conspiração, segundo as investigações, envolvia não apenas a tentativa de anular as eleições, mas também propostas de dissolução de tribunais, concessão de poderes especiais às Forças Armadas e até um plano para envenenar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva antes de sua posse.

De acordo com o The New York Times, a decisão do STF representa um esforço significativo para responsabilizar o ex-presidente e evitar que ações semelhantes voltem a ameaçar a democracia brasileira. "O esquema, segundo os promotores, também incluiu semear dúvidas infundadas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas nos meses que antecederam a votação de 2022", destaca a reportagem.

O jornal também traça paralelos entre o caso brasileiro e eventos internacionais, como a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021, por apoiadores do ex-presidente Donald Trump. A matéria enfatiza que, após a derrota eleitoral de Bolsonaro, seus aliados incentivaram manifestações em frente a quartéis militares, pedindo intervenção das Forças Armadas para impedir a posse de Lula. A culminação dessas tensões ocorreu em 8 de janeiro de 2023, quando extremistas bolsonaristas invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em um episódio que ficou conhecido como o ‘Dia da Infâmia’ da democracia brasileira.

Além das acusações de golpe, a reportagem do The New York Times cita o advogado de Bolsonaro, Celso Sanchez Vilardi, que admitiu a existência de um plano golpista, mas negou a ligação do ex-presidente com a conspiração.

A matéria também menciona a tentativa de Bolsonaro de buscar apoio internacional, incluindo sua breve estadia na Embaixada da Hungria no Brasil após buscas realizadas pela Polícia Federal. Além disso, um de seus filhos estaria cogitando pedir asilo político nos Estados Unidos para tentar articular apoio do ex-presidente norte-americano Donald Trump contra o que chama de perseguição política.

 Leia também - Após se tornar réu no STF, Bolsonaro dispara: "Eles têm algo pessoal contra mim"

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