O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), deputado Eduardo Botelho (União), afirmou em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (31.03), que não permitirá a construção de hidrelétricas no Rio Cuiabá e garantiu que a população mato-grossense irá fazer manifestações contrárias.
Botelho enfatizou seu posicionamento durante relato sobre a reunião com o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quinta (30), em Brasília, onde formalizou seu pedido em defesa do meio ambiente, com base na lei estadual 11.865/2022, que proíbe a construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), no Rio Cuiabá.
“O ministro foi muito solícito, explicamos para ele que não estamos invadindo a competência da União, estamos apenas fazendo uma restrição a um trecho que corre perigo de destruir todo Pantanal. Mostramos que esse projeto de construção de seis usinas será catastrófico para o Pantanal, inclusive para nossos peixes”, destacou Botelho.
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A reunião com o ministro, organizada pelo senador Jayme Campos (União), também contou com a participação do deputado Wilson Santos (PSD), autor da lei, e da deputada Janaina Riva (MDB). Para Botelho, o ministro Fachin entendeu muito bem a reivindicação da Assembleia, que também solicitou a ampliação da discussão.
“Ele (o ministro Fachin) chegou a dizer que a lei não é conflitante: não vejo conflito nenhum. Então, eu acho que temos chances reais de ganhar, temos que manter essa luta e eu tenho certeza que vamos, sim, conseguir. Não permitiremos a construção de usina nesse trecho do Rio Cuiabá”, declarou.
Botelho alertou ao ministro Fachin, que manifestações serão realizadas em razão do posicionamento contrário da população. “Eu disse para ele, ministro: a população, Cuiabá, da baixada cuiabana, os mato-grossenses, não querem isso. Se fizer isso será um problema grave, poque ninguém quer, não aceitaremos isso. Faremos manifestação, vamos fazer movimento, isso é muito ruim. Então, eu acho que a possibilidade nossa de vencer é muito grande”, avaliou.
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