O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho, se reuniu nessa quinta-feira (19.10), com o governador Mauro Mendes. Um dos principais tópicos em discussão foi a eleição de 2024. Mendes, que lidera o União Brasil em Mato Grosso, ainda não definiu o nome que a sigla apresentará na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, seja Botelho ou o seu secretário chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, a quem já havia manifestado seu favoritismo.
Segundo Botelho, o governador expressou preocupação de que a eleição de 2024 e o apoio, ou falta dele, possam influenciar a relação entre a Assembleia e o Governo. No entanto, o presidente assegurou a Mendes que isso não está em seu perfil e que ele é capaz de separar claramente as esferas.
"Ele pediu para que as eleições de 2024 não causem problemas para o Governo na Assembleia. Eu lhe disse que, na Assembleia, nunca fiz nada que pudesse prejudicar o Governo, e não farei, jamais. Portanto, o medo dele de que isso possa afetar as relações entre os poderes não terá nenhum impacto, garanti a ele. Nem de minha parte, nem dos deputados. Conversamos sobre isso e concordamos ser fundamental distinguir entre eleições municipais, uma questão particular, e a instituição, o Governo e a Assembleia. É preciso manter essa separação. Além disso, expliquei a ele que estabelecemos uma metodologia na Assembleia, onde o presidente não possui um grande poder de interferência. Disse a ele que os deputados têm sua liberdade e agem conforme sua vontade. O presidente tem poucas ações, como agendar votações, mas fora disso, sua influência é limitada. Portanto, não há razão para preocupação."
Quando questionado se teria paciência para esperar a decisão do governador sobre o candidato do União Brasil, seja ele ou Fábio Garcia, Botelho foi enfático ao afirmar que sua paciência se esgotará no final do mês. Ou seja, se até lá o União Brasil não tomar uma decisão, ele buscará filiação em outro partido.
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