18 de Outubro de 2024
18 de Outubro de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

Política Quinta-feira, 08 de Dezembro de 2022, 09:03 - A | A

Quinta-feira, 08 de Dezembro de 2022, 09h:03 - A | A

relatório de transição

Bolsonaro deixou orçamento insuficiente para obras de habitação e R$ 500 para cada cidade prevenir desastres

Governo Bolsonaro deixou no orçamento R$ 82 milhões para concluir as obras de habitação social que estão licitadas, mas são necessários R$ 1,6 bilhão

Lucione Nazareth/VGN

O grupo de trabalho de Cidades da equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revelou que mais de 100 mil obras estão paralisadas no país, e que o Governo de Jair Bolsonaro (PL) deixou um Orçamento para 2023 “fictício e insuficiente” para finalizá-las. A declaração foi dada nessa quarta-feira (07.12) em coletiva de imprensa realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

O deputado eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP), integrante da equipe de transição, disse que somente em obras relacionadas ao programa Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida, atualmente são 972 obras paralisadas, sendo que grande maioria delas foram lançadas nos Governos Lula e Dilma Rousseff. Ele revelou que seriam necessários R$ 1,6 bilhão para concluí-las, porém, o Orçamento de 2023 deixado pelo Governo Bolsonaro prevê apenas R$ 82 milhões.

“A irresponsabilidade do atual Governo em relação à previsão orçamentária do Orçamento de 2023. O Bolsonaro fez do Brasil cemitérios de obras paradas. [...] Apenas na área de habitação na faixa I do Minha Casa, Minha Vida nós temos 972 obras paralisadas. Há outras centenas na área de saneamento, de mobilidade e de infraestrutura urbana. O investimento foi deprimido. Depois de fazer uma gastança no período eleitoral, deixou um Orçamento para 2023 fictício”, declarou Boulos.

Segundo ele, a situação é “tão catastrófica que”, que se não for aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, em janeiro mais de 5 mil obras serão paralisadas por falta de recursos. “É uma tremenda irresponsabilidade o Orçamento deixado pelo Governo Bolsonaro. É um orçamento fictício. Com esse Orçamento não termina janeiro”, acrescentou o parlamentar eleito.

Na coletiva, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) fez um alerta sobre a falta de previsão orçamentária suficiente para socorrer os 5.568 municípios brasileiros em relação aos desastres naturais, como no caso de enchentes. Ele responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, pela não reposição dos R$ 6 milhões cortados do Orçamento.

“Mês de janeiro, fevereiro e março, historicamente são os meses com muitos desastres naturais, onde você tem interferência direta do Ministério das Cidades. O que está previsto no Orçamento é o equivalente a R$ 500 para cada uma cidade do Brasil, um total de R$ 2,7 milhões, e o que tem para prevenção, que não daria para tirar sequer o aterro do desastre. O nome da responsabilidade é o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes”, disse o ex-governador.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da equipe de transição, afirmou que a aprovação da PEC da Transição deve abrir espaço para o orçamento do próximo ano direcionar cerca de R$ 10 bilhões para o programa de habitação social Casa Verde e Amarelo, assim como cobrir gastos para execução e finalização de inúmeras obras paralisadas no atual Governo.

Leia Também - Senado aprova PEC da transição; texto segue para Câmara

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760