O deputado federal Carlos Bezerra teria recebido R$ 4 milhões para que o PMDB apoiasse a candidatura de Mauro Mendes à Prefeitura de Cuiabá, nas eleições de 2008. A informação consta no termo de delação premiada do ex-governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB).
De acordo com a delação, em 2008 o ex-governador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), juntamente com Mauro Mendes (PSB), procuraram Silval para tentar conquistar apoio político dos peemedebistas nas eleições visando a Prefeitura de Cuiabá. Na época dos fatos, Wilson Santos (PSDB) era prefeito da Capital e concorria à reeleição, e o PMDB teria afiançado apoio ao tucano.
Diante do pedido de Maggi e Mauro, o ex-governador se reuniu com o presidente estadual do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra. Na oportunidade, Bezerra teria dito que a legenda só apoiaria Mauro Mendes se o empresário, juntamente com Maggi, entregasse R$ 4 milhões ao PMDB.
Silval relatou que levou a proposta de Bezerra para Mauro e Maggi, e que na época, Blairo se comprometeu a arrumar a quantia para ser entregue ao PMDB. O dinheiro, segundo o ex-governador, foi conseguido pelo ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, a mando de Maggi, com o empresário Júnior Mendonça.
O ex-governador declarou que o empréstimo somente foi pago em 2009 por meio do pagamento de precatórios à empresa Hidrapar Engenharia Civil Ltda.
Na delação, Silval cita que um dos responsáveis pela empresa Alex Tocantins Matos, teria combinado com Eder Moraes o retorno de R$ 9,5 milhões em propina pela liberação do pagamento do precatório. A Hidrapar Engenharia recebeu R$ 19 milhões em precatórios do Estado.
O ex-gestor disse na delação que foi “avalista” de um empréstimo por Mauro Mendes perante Junior Mendonça, no montante aproximado de R$ 2,5 milhões, para a campanha à Prefeitura de Cuiabá no ano de 2008. Na ocasião, Silval assinou nota promissória juntamente com Mauro Mendes, porém, o ex-governador afirma não saber se Mendes pagou o empréstimo.
Além disso, ele revelou que avalizou um cheque de R$ 1 milhão de Mauro Mendes junto com a pessoa de identificada apenas como Marilene.
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