O Ministério Público Estadual (MPE) apresentou aditamento da denúncia contra o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, filho de Inês Gemilaki, na Ação Penal em que eles respondem pela morte de dois idosos e pela tentativa de homicídio contra um padre em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá. O documento foi protocolado na última quarta-feira (08.05).
No aditamento, assinado pelo promotor de Justiça, Álvaro Padilha de Oliveira, afirma que ao contrário do que alega a defesa de Bruno Gemilaki, o médico tinha conhecimento da intenção homicida da mãe, Inês Gemilaki, “já que estava com ela todo momento”.
“Mesmo antes de ingressar na residência Bruno já estava com Inês, e portando a arma de fogo longa tipo 12; ao que tudo indica, também estava relativamente próximo a Inês no momento dos disparos contra as vítimas, dando suporte a ela”, argumentou o promotor no documento.
Ele destacou que foram encontrados quatro cartuchos de uma espingarda calibre 12 na residência em que foram mortos Pilson Pereira da Silva, e Rui Luiz Bogo; e que o citado fato em conjunto, com as imagens apresentadas pela Polícia Civil demonstrando marcas de disparos efetuados por espingarda tipo 12, permite concluir que Bruno também atirou no local.
O promotor também apresentou aditamento na denúncia em relação a Eder Gonçalves Rodrigues, cunhado de Inês Gemilaki. Álvaro Padilha apontou que embora o acusado não tenha efetuado nenhum disparo no local onde as vítimas estavam, é possível ver nas imagens de câmeras de segurança que ele deu “suporte a toda a situação, seja dirigindo o veículo (camionete), seja fazendo uma espécie de retaguarda para Inês e Bruno”.
“Ante o exposto, estando já qualificados nos autos BRUNO GEMILAKI DAL POZ, ÉDER GONÇALVES RODRIGUES e INÊS GEMILAKI, como incursos no 121, § 2º, incisos II (motivo fútil) e IV (recurso que dificultou a defesa das vítimas), do Código Penal e artigo 121, § 2º, inciso II (motivo fútil) e IV (recurso que dificultou a defesa das vítimas), c/c artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal; o Ministério Público do Estado de Mato Grosso requer, após recebido o presente aditamento à denúncia, sejam os autuados citados para os demais termos da ação penal, enfim, para serem processados e julgados até final condenação”, sic documento.
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