O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, manteve a prisão de João Carlos de Campos Júnior, acusado de homicídio e ocultação de cadáver de Enderson Júlio da Silva Leite, morto em 2021 em Várzea Grande, por supostamente, estar agindo como "informante" da polícia. A decisão é dessa quarta-feira (12.06).
“Presentes os requisitos para manutenção da prisão preventiva e evidenciado o perigo gerado pelo eventual estado de liberdade do autuado, no caso dos autos, não há que se cogitar a liberdade provisória requerida. Deste modo, por permanecerem presentes os fundamentos autorizadores da medida, estampados na decisão, assim Mantenho a Prisão Preventiva de Joao Carlos de Campos Junior”, diz decisão.
De acordo com os autos, João Carlos e Jeferson Avalo serão julgados pelos crimes de organização criminosa armada, sequestro qualificado, tentativas de homicídio duplamente qualificado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já o acusado Flávio Rodrigues Carneiro responde por organização criminosa armada e tentativas de homicídio duplamente qualificado.
Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Enderson foi morto, depois de ter sido torturado e estrangulado por membros de uma facção criminosa. O corpo da vítima foi localizado no dia 13 de maio de 2021, na região do bairro Formigueiro, em Várzea Grande, já em estado de decomposição e com amarras nas mãos, pés e pescoço, após uma semana de desaparecimento.
“Os réus Douglas, Jeferson e João Carlos, em conluio com pessoas ainda não identificadas e previamente ajustados com os acusados Flávio e Laison, após sequestrarem e matarem a referida vítima, enterraram o seu cadáver com os pés e as mãos amarrados, em cova que utilizaram para ocultá-lo”, diz trecho da denúncia.
O Tribunal do Júri do trio foi agendado para o dia 25 de julho, às 09 horas na Fórum de Várzea Grande.
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