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Penal Quarta-feira, 03 de Julho de 2024, 11:31 - A | A

Quarta-feira, 03 de Julho de 2024, 11h:31 - A | A

homicídio qualificado

Dez mulheres vão a júri popular por espancarem até a morte detenta em presídio de Cuiabá

Detenta foi morta após ser apontada como "cagueta" dentro do presídio

Lucione Nazareth/VGNJur

Um total de 10 mulheres denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) por espancar até a morte a detenta Aparecida Rodrigues de Moraes, em março de 2014, dentro de uma cela do presídio Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, vão a júri popular. A decisão foi proferida nessa terça-feira (02.07) pelo juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Alexandre Martins Ferreira.

Consta da decisão, que responderão pelo crime Cleide Pereira Queiroz, Jéssica Santos Elias, Cristiane Silva, Maria Auxiliadora de Arruda, Daiany Thaís Marques Silva, Valdineia da Costa, Jéssica Aparecida Sampaio Mendes, Leidiane Ferreira Fernandes, Carolina Amorim da Silva e Raiany Almeida Souza.

Elas serão julgadas por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e perigo comum, surpresa e impossibilidade de defesa das vítimas.

A denúncia

Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), no dia 13 de março de 2014, os agentes prisionais, apreenderam vários celulares e porções de drogas, dentre outros objetos ilícitos, durante revista minuciosa realizada no raio 03 do presídio Ana Maria do Couto.

As denunciadas teriam ficado inconformadas com as apreensões, e culpado Aparecida Rodrigues, visto que a mesma teria fama de "cagueta", por supostamente fornecer informações das outras detentas à direção da unidade prisional.

A denúncia relata no dia seguinte, 14 de março, após a abertura dos cadeados, o grupo de mulheres almejando se vingar da vítima, notadamente pela suposta "caguetagem", armaram-se com pedaços de pau, pedaços de lâmpada, água quente, e de inopino, dentro do banheiro do cubículo 09, atacaram Aparecida a espancando até a morte.

“A motivação criminosa é torpe consistente na vingança, notadamente pela suspeita de que a vítima teria informado os agentes prisionais sobre a existência dos objetos ilícitos apreendidos no dia anterior ao crime”, diz trecho da decisão.

Leia Mais - Detenta é assassinada dentro da Penitenciária Feminina Ana Maria em Cuiabá; Polícia investiga crime 

 

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