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Penal Segunda-feira, 05 de Agosto de 2024, 15:24 - A | A

Segunda-feira, 05 de Agosto de 2024, 15h:24 - A | A

INVESTIGAÇÃO PENDENTE

Juíza derruba sigilo e MP diz que polícia não analisou celular de Zampieri

Família tentou, em mais de uma oportunidade, a destruição dos dados do celular apreendido

Lázaro Thor/VGN

A juíza Ana Paula da Silva Freitas Gomes da 12ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) derrubou o sigilo do processo judicial que investiga mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto em Cuiabá no dia 5 de dezembro deste ano. A decisão é do dia 2 de agosto. 

O pedido para por fim ao sigilo no processo foi feito pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) no dia 30 de julho deste ano. Segundo a juíza, não existe amparo legal para que o caso esteja em sigilo. A juíza assumiu a titularidade da 12ª Vara no dia 29 de julho. 

No pedido do Ministério Público, consta a informação de que os dados extraídos do celular de Roberto Zampieri não foram compartilhados pela Polícia Civil para chegar até o mandante do assassinato. O MP pediu para que a Polícia Civil complemente as investigações. Segundo o MP, os elementos de provas produzidos sobre o celular de Zampieri ainda não foram analisados. 

Leia mais sobre o assunto: Juíza autoriza compartilhamento de inquérito sigiloso para apurar "mandantes" do assassinato de Zampieri

"Aliás, acerca do referido IP, importa observar, em que pese tenha sido concluído pela Autoridade Policial, que o Ministério Público verificou a existência de várias diligências pendentes. Ainda, por considerar que na Ação Penal 1000258-44.2024.8.11.0042 foram produzidos importantes elementos de provas não juntados no IP Complementar, tal como o próprio conteúdo do aparelho celular da vítima, o MP também requereu ao Juízo o compartilhamento das provas produzidas naqueles autos para subsidiar a investigação complementar, sobretudo quanto à autoria e motivação delitiva", diz trecho do pedido do MP. 

Em contrariedade ao MP, a assistência de acusação, formada por advogado da Família Zampieri, Giovani Santin, pediu em mais de uma ocasião no processo para que os dados do celular do advogado não fossem analisados, em razão do sigilo do profissional com os seus clientes. A defesa também pediu a destruição dos dados. O pedido foi negado pela juíza do processo. 

O que aconteceu

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2023. Por conta da morte, foi presa a fazendeira de Ribeirão Cascalheira, Maria Angélica Caixeta Gontijo, que posteriormente foi solta por decisão judicial. 

No dia 9 de julho, foi indiciado Anibal Manoel Laurindo, como mandante e o coronel do Exército Luiz Caçadini e Hedilerson Barbosa, cuja arma teria sido usada no assassinato. O executor, que confessou o crime, foi identificado como Antônio Gomes da Silva. 

Entretanto, um dos "intermediários" da execução revelou em depoimento que falará o nome do verdadeiro mandante apenas em juízo. O executor, identificado como Antônio Gomes da Silva, disse desconhecer quem seria o mandante final, afirmando apenas se tratar de alguém com "sotaque italiano", cujo áudio recebeu ordenando a morte via aplicativo de mensagens. 

Leia mais sobre o assunto: MP suspeita de mais um mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri

 
 
 
 
 

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