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VGNJUR Terça-feira, 19 de Outubro de 2021, 10:50 - A | A

Terça-feira, 19 de Outubro de 2021, 10h:50 - A | A

Operação Capistrum

Chefe de gabinete de Emanuel foi preso por atrapalhar investigações e “blindar” prefeito

Justiça determinou prisão temporária do chefe de gabinete de Emanuel pelo período de cinco dias

Lucione Nazareth/VGN

VGN / VG Notícias

VGN_Prefeitura de Cuiaba-VG Noticias 50

Justiça determinou prisão temporária do chefe de gabinete de Emanuel pelo período de cinco dias

 

 

O desembargador do Tribunal de Justiça (TJ/MT), Luiz Ferreira da Silva, determinou a prisão temporária, por cinco dias, do chefe de gabinete do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Antônio Monreal Neto, por ele ter obstruído nas investigações sobre suposta contratação irregular de servidores temporários na Secretaria Municipal de Saúde.

A prisão foi cumprida na manhã desta terça-feira (19.10) na Operação Capistrum deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPMT), NACO Criminal e Polícia Civil.

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Na representação formulada pelo MPE, por seu procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, e pela Polícia Civil por intermédio do delegado de Polícia do Grupo Operacional Permanente vinculado ao NACO Criminal, Rodrigo Azem Buchdid, apontaram que ficou evidente a necessidade de ser decretada a prisão temporária de Antônio Monreal por ele ser uma “pessoa de alta confiança” de Emanuel Pinheiro, classificando-o como “braço-direto” do gestor com quem trabalha desde fevereiro de 2014, quando ocupou o cargo de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) – época em que Emanuel era deputado.

Conforme a ação, ficou comprovado que Neto interferiu nas investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) quando os agentes tentaram ouvir os servidores municipais e ao tentarem acessar documentos diretamente nos órgãos públicos da Prefeitura de Cuiabá “impedindo, assim, a realização das diligências na Secretaria de Saúde Cuiabá e nas demais unidades de saúde”.

Nos autos, cita que o “braço-direito” do prefeito teria determinado que os servidores públicos não prestassem informações ao Gaeco, tampouco fornecessem documentos ao Ministério Público, “ficando demonstrado claramente a intenção do investigado em obstruir as investigações”.

Ainda segundo a ação, também foi possível verificar que a secretária-adjunta de Governo, Ivone de Souza, era a pessoa responsável pelas contratações dos servidores na Saúde a pedido de Emanuel Pinheiro, sem que tais nomeações fossem de conhecimento dos gestores que comandaram a pasta. No pedido foi requerido apenas o afastamento da citada servidora.

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“Além do Prefeito Emanuel Pinheiro, devem ser afastados também seu Chefe de Gabinete Antônio Monreal Neto e a Secretária Adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos Ivone de Souza, uma vez que os dois são considerados braços direitos do alcaide (Emanuel) e o acompanham desde a Assembleia Legislativa, pessoas de sua inteira confiança e que, conforme narrado nesta decisão, participam, em tese, das condutas ilícitas. Além de blindarem a pessoa do Prefeito, dão suporte para que as contratações temporárias e o pagamento indevido do Prêmio Saúde se perpetuem no tempo”, diz trecho dos autos.

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