O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, em entrevista ao na tarde desta segunda-feira (12.08), afirmou que após Assembleia Geral, os profissionais da educação decidiram manter o estado de greve, enquanto o sindicato não for recebido para tratativas com o governador Mauro Mendes (União) e Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Segundo Valdeir, os profissionais irão continuar com as mobilizações, sendo que outubro será o mês de atos com estudantes e com a comunidade escolar, e entre 10 e 11 de novembro novo Conselho de Representantes. Ainda Segundo Pereira, se necessário nova Assembleia para tratar do não encerramento do ano letivo de 2024 ou não iniciar o ano letivo de 2025, se não avançar nas pautas.
O Sintep cobra do Governo do Estado três pautas, sendo o fim do confisco das aposentadorias, concurso público para todos os cargos da carreira e valorização salarial com ganho real. Conforme o Sintep, estudos realizados pela categoria apontaram que há viabilidade econômica do Governo do Estado para cumprir com a política de ganho real apresentada pela entidade.
Em relação aos números de profissionais da educação que aderiram à assembleia, Valdeir rebateu as informações da Seduc de que seria uma minoria, e afirmou que em vários municípios os profissionais aderiram à assembleia, sendo que presentes em frente ao Palácio do Governo, ao menos 500 profissionais compareceram.
Valdeir ainda descreveu como absurda a ação da Diretoria Regional de Educação – DRE, em solicitar por meio de comunicado os dados dos servidores que paralisaram nesta segunda-feira (12).
Segundo o presidente do Sintep, o Governo do Estado está cometendo assédio moral contra a categoria. Pereira disse que estão orientando os profissionais que ao receberem o comunicado façam o boletim de ocorrência contra o secretário de Educação, Alan Porto e contra o agente da DRE que encaminhou o comunicado.
Valdir explicou que após os profissionais registrarem a ocorrência e encaminhar para o Sintep, para que seja feita a representação criminal e cível desses agentes públicos que estão cometendo essa arbitrariedade.
“Não vamos aceitar que num país democrático possa imperar essas práticas absurdas de 'fake news' promovidas pelo Governo do Estado de Mato Grosso para amedrontar o trabalhador e trabalhadora da educação no exercício legítimo daquilo que é constitucional, a paralisação e cobrança de reivindicações”, ponderou Pereira.
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