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Cidades Segunda-feira, 07 de Abril de 2025, 11:10 - A | A

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Garis paralisam coleta em Cuiabá e denunciam assédio moral e caminhões sucateados

As faixas levadas ao protesto traziam frases como: "Pelo fim do trabalho degradante"

Gislaine Morais/VGN

Funcionários da empresa Locar Gestão de Resíduos, responsável pela limpeza urbana de Cuiabá, paralisaram os serviços nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (07.04) em protesto contra o que classificam como assédio moral e condições degradantes de trabalho. A manifestação ocorreu entre 5h e 7 horas em frente à sede da empresa, onde os trabalhadores se reuniram com faixas e cartazes exigindo respeito, valorização profissional e providências por parte da Prefeitura de Cuiabá.

Entre as principais denúncias, os garis relataram o estado precário da frota de caminhões de coleta de lixo urbano, apontando veículos com portas presas por pedaços de madeira, retrovisores amarrados com arames, estribos danificados e diversos caminhões parados por falhas mecânicas.

"São quase 10 caminhões parados no pátio e outros seis na oficina. Os poucos que estão em operação apresentam sérias falhas que colocam nossas vidas em risco. É deplorável trabalhar nessas condições", denunciou um dos funcionários.

As faixas levadas ao protesto traziam frases como: "Pelo fim do trabalho degradante. Pelo fim do assédio moral cometido pela empresa Locar". Em outra faixa, os manifestantes apelaram ao prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, para que reavalie o contrato de prestação de serviços firmado com a Locar, responsável pela limpeza urbana da Capital.

Além das más condições dos veículos, os trabalhadores cobraram pagamento correto das horas extras, denunciaram jornadas exaustivas e relataram que apenas dois garis por caminhão estão realizando o serviço, o que sobrecarrega as equipes.

A reportagem do teve acesso a vídeos enviados pelos trabalhadores, mostrando os veículos em péssimo estado. Em uma das gravações, um caminhão aparece com o estribo quebrado, dificultando o embarque dos coletores. Em outra, o retrovisor está preso por fios improvisados.

Um ex-funcionário também denunciou casos de assédio moral que o levaram a pedir demissão. “Fui colocado em uma roda com três fiscais da empresa. Eles começaram a me rebaixar, a falar alto, me humilhar. Como pai de família, fiquei muito abalado, mas mesmo assim trabalhei naquele dia. No dia seguinte fui ao RH pedir conta. Nenhum ser humano, nem mesmo um animal, merece ser tratado assim”, desabafou.

Outro lado

Em nota, a empresa Locar informou que não há motivos para o movimento, alegando que os salários e obrigações trabalhistas estão em dia. No entanto, a empresa se recusou a comentar as denúncias sobre assédio moral, jornada excessiva e frota sucateada.

A empresa afirmou ainda que a coleta de lixo começou com atraso nesta segunda-feira devido à presença do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana (Sindilimp-MT), Wenderson Alves de Freitas, que teria dificultado a saída dos caminhões.

Segue nota na íntegra:

Segundo a Locar, não há motivos para tal movimento, uma vez que todos os salários estão sendo pagos em dia, além de todas as obrigações trabalhistas.

O recolhimento do lixo começou com atraso na manhã desta segunda-feira (07), após o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana (Sindilimp-MT), Wenderson Alves de Freitas, dificultar a saída dos caminhões do pátio da empresa Locar Saneamento Ambiental. Mesmo com a manobra do sindicalista, os caminhões estão conseguindo sair para realizar a coleta do dia.

Só nesta segunda, 27 caminhões deverão percorrer as ruas de Cuiabá durante o dia e a noite. A empresa Locar informa que apesar do atraso por causa do entrave gerado pelo presidente, a coleta deve seguir dentro da normalidade, porém há risco de não cumprir com todos os itinerários por causa do transtorno causado pela manhã.

De acordo com a Locar, não há motivos para tal movimento, uma vez que todos os salários estão sendo pagos em dia, além de todas as obrigações trabalhistas regularizadas.

A empresa afirma também que não há motivos razoáveis para a paralisação da categoria e que vai procurar minimizar os impactos à sociedade. Neste sentido, a Locar esclarece que, mesmo não tendo sido procurada anteriormente pelo Sindicato, deverá buscar o diálogo para entender as novas reivindicações.

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