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VGNJUR Terça-feira, 20 de Agosto de 2024, 09:07 - A | A

Terça-feira, 20 de Agosto de 2024, 09h:07 - A | A

reclamação no cnj

Procurador aposentado cita “rancor” de juiz que absolveu motorista que atropelou seu filho

Mauro Viveiros citou no CNJ que eles tiveram embates no passado, e um encontro "nada amigável" em um Shopping de Cuiabá

Lucione Nazareth/VGNJur

Um suposto rancor do juiz Wladymir Perri, que atou na 12ª Vara Criminal de Cuiabá e atualmente é titular da 2ª Vara Criminal de Várzea Grande, em relação ao procurador de Justiça aposentado, Mauro Viveiros, pode ter influenciado na decisão que absolveu a bióloga Rafaela Screnci, que foi denunciada pelo atropelamento ocorrido em dezembro de 2018, na frente da boate Valley Pub, em Cuiabá, que vitimou os jovens Ramon Alcides Viveiros (filho de Mauro) e Mylena de Lacerda Inocêncio.

Na Reclamação protocolada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra Wladymir Perri, Mauro Viveros cita embates entre eles, e até mesmo um encontro em Shopping de Cuiabá, o qual o magistrado teria agido de forma autoritária e desafiadora  

Segundo Viveros, um dos primeiros embates foi em relação à atuação funcional de Mauro, então Corregedor-Geral do Ministério Público em um processo disciplinar que apurou a conduta Wladymir em 2013, quando o juiz era responsável pelo Tribunal do Juri de Rondonópolis. O procedimento teria apurado desorganização da Vara e outras irregularidades que teria provocado a soltura de presos, gerando perplexidade na comunidade.  

“Após o encaminhamento de cópia integral da referida sindicância à Corregedoria-Geral de Justiça o reclamado [Perri], em retaliação, promoveu QueixaCrime contra o Promotor de Justiça, imputando-lhe o crime de injúria pelos fatos ocorridos no plenário de julgamento da sessão de 14.11.2013. No entanto, o Tribunal Pleno do TJMT, à unanimidade de votos, rejeitou a queixa”, esclareceu.  

Outro episódio protagonizado por eles ocorreu quando o CNJ instituiu a Semana do Júri, fixando a meta de realização de quatro julgamentos por comarca. Perri designou na ocasião 53 julgamentos para uma semana, inviabilizando a participação da Defensoria Pública e do Ministério Público. Para suprir a falta de defensores públicos nomeou 25 advogados dativos fixando-lhes honorários em torno de R$ 15 mil. 

Mauro Viveros, atuando como procurador junto a Turma de Câmaras Criminais Reunidas do TJMT, emitiu parecer para cessar os ônus financeiros ao erário dada a desproporcionalidade do valor dos honorários arbitrados. Após o parecer, o juiz acabou revogando algumas nomeações e reduzindo o valor dos honorários.  

“As diversas comunicações que o reclamante [Mauro] fez à Corregedoria-Geral de Justiça geraram notórios ressentimentos no Magistrado. Ao ver que seus atos na condução dos julgamentos do Tribunal do Júri e a sua extravagante postura em relação ao Promotor de Justiça e a Defensoria Pública foram submetidas ao crivo da sua Corregedoria, o reclamado passou a cultivar sentimento de rancor contra o então Corregedor-Geral. O reclamado chegou a exteriorizar esse sentimento tempos depois, quando abordou o reclamante no Shoping Center Pantanal na capital, de modo ríspido e autoritário, anunciando-se: Eu sou o Juiz Wladymir Perri, que estava em Rondonópolis, mas que agora está aqui (sic), interpelando-o em tom claramente desafiador. Ao perceber o estado alterado de seu interlocutor, o reclamante simplesmente se afastou, evitando o confronto”, diz o trecho da reclamação no CNJ. 

Leia mais - Procurador que teve o filho atropelado na Valley Pub aciona juiz no CNJ

 
 
 
 
 
 
 

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