A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, designou para 27 de julho continuação da audiência de instrução e julgamento da Ação Penal que o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro responde por peculato na suposta participação em esquema que desviou R$ 3.369.722,64 milhões da Assembleia Legislativa (AL/MT).
O processo é oriundo da Operação Arca de Noé, deflagrada pela Polícia Federal em 2002, para desarticular esquemas fraudulentos na AL/MT. Os desvios teriam ocorrido quando a Mesa Diretora da Assembleia era presidida pelos ex-deputados José Riva e Humberto Bosaipo, e que cheques emitidos pela Confiança Factoring Fomento Mercantil, de propriedade do grupo de João Arcanjo Ribeiro, teriam dado “suporte” ao suposto esquema.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Geraldo Lauro, Guilherme da Costa Garcia, Juracy Brito, José Quirino Pereira e Joel Quirino Pereira, teriam associados entre si de modo permanente com o fim de praticar crimes, apropriando-se de recursos estaduais, na importância de R$ 3.369.722,64, bem como forjavam operações comerciais entre a Assembleia Legislativa e empresa de fachada C.P.T. Almeida.
Consta que João Arcanjo, proprietário da Confiança Factoring tinha plena consciência da ilegal apropriação de recursos públicos, levada a efeito pelos parlamentares e servidores denunciados, como também participou do suposto esquema. O ex-gerente da Confiança Factoring, Nilson Roberto Teixeira foi condenado em maio deste ano a 11 anos e 8 meses de prisão, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro.
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