A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal, acolheu pedido do ex-governador Pedro Taques em ter acesso a delação premiada do empresário Giovani Guizardi firmado com o Ministério Público Estadual (MPE). O pedido foi deferido em 19 de dezembro, mas somente publicado hoje no Diário da Justiça Eletrônico (DJE).
De acordo com a publicação, a solicitação está inserida em um processo criminal em que Giovani Guizardi consta como réu e que tramita em sigilo.
“Em análise dos autos, verifico que não há qualquer óbice quanto ao pedido postulado por JOSÉ PEDRO GONÇALVES TAQUES de ter acesso do Termo de Acordo de Colaboração Premiada celebrada entre o Ministério Público e GEOVANI BELATO GUIZARDI”, diz trecho da decisão da magistrada.
Lembrando que Guizardi firmou acordo de delação premiada como o MP detalhando esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Educação (Seduc) na gestão de Taques. Segundo o empresário, o esquema surgiu em 2015 para a quitação de dívidas da campanha do tucano ao governo do Estado.
O delator declarou que o empresário Alan Malouf (que também realizou delação premiada), investiu R$ 10 milhões na campanha de Pedro Taques ao Governo e que teria recebido “carta branca” para montar o esquema na Seduc com o objetivo de arrecadar fundos ilícitos para saldar as dívidas de campanha. O grupo teria cometido o esquema sob a liderança do então secretário estadual de Educação, Permínio Pinto.
Segundo o Gaeco, as irregularidades envolveram pelo menos 23 obras e um total de R$ 56 milhões em recursos públicos.
Declarando-se inocente das acusações, o ex-governador Pedro Taques afirmou que irá colher provas para processar delatores da Operação Rêmora.
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