Mato Grosso lidera a produção agrícola no Brasil, com 42 municípios figurando entre os 100 maiores produtores do país, de acordo com a análise do Ministério da Agricultura e Pecuária sobre os dados de 2023. O estado não só se destaca pelo volume de produção, mas também pelo valor gerado, que representa 14,3% do total da produção nacional, consolidando sua posição como o maior motor do agronegócio brasileiro.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da Secretaria de Política Agrícola (Mapa/SPA), que mapeou os 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio, a cidade de Sorriso, no norte de Mato Grosso, encabeça o ranking nacional, com um impressionante valor de produção de R$ 8,3 bilhões, principalmente graças ao cultivo de soja, milho e algodão. Reconhecido como a "Capital Nacional do Agronegócio", Sorriso é referência de eficiência e tecnologia no campo, o que o mantém na liderança pelo segundo ano consecutivo.
Além de Sorriso, outras cidades mato-grossenses, como Sapezal, Campo Novo dos Parecis e Diamantino, estão entre as principais potências agrícolas do Brasil. Juntas, essas cidades contribuem significativamente para o valor total da produção agrícola do estado, com a soja sendo o principal destaque. Mato Grosso é responsável por quase 30% de toda a produção de soja do Brasil, além de ser um dos líderes na produção de milho e algodão.
Sapezal, por exemplo, ocupa a terceira posição no ranking nacional, com uma produção estimada em R$ 7,5 bilhões, enquanto Campo Novo dos Parecis e Diamantino também alcançam produções acima de R$ 5 bilhões, consolidando a força do estado no cenário agropecuário.
Os 42 municípios de Mato Grosso que figuram entre os maiores produtores são responsáveis por uma área colhida de mais de 16,9 milhões de hectares, o equivalente a 17,7% da área colhida total do Brasil. Essa expansão, no entanto, também levanta questões sobre sustentabilidade, uma vez que a preservação de áreas nativas e a implementação de práticas agrícolas menos impactantes são cada vez mais exigidas.
As políticas ambientais são um dos maiores desafios para o futuro do agronegócio mato-grossense, sobretudo em áreas próximas à Amazônia e ao Cerrado. O estado vem avançando em iniciativas de produção sustentável, mas o ritmo da expansão agrícola ainda impõe dilemas sobre o uso da terra e a preservação ambiental.
Confira aqui a lista completa dos 100 municípios com maior valor de produção agrícola no Brasil em 2023, com destaque para as 42 cidades de Mato Grosso (MT):
1. Sorriso (MT) - R$ 8,3 bilhões
2. São Desidério (BA) - R$ 7,8 bilhões
3. Sapezal (MT) - R$ 7,5 bilhões
4. Campo Novo do Parecis (MT) - R$ 7,1 bilhões
5. Rio Verde (GO) - R$ 6,9 bilhões
6. Diamantino (MT) - R$ 5,9 bilhões
7. Formosa do Rio Preto (BA) - R$ 5,8 bilhões
8. Nova Ubiratã (MT) - R$ 5,4 bilhões
9. Nova Mutum (MT) - R$ 5,3 bilhões
10. Jataí (GO) - R$ 4,8 bilhões
11. Cristalina (GO) - R$ 4,8 bilhões
12. Maracaju (MS) - R$ 4,3 bilhões
13. Querência (MT) - R$ 4,2 bilhões
14. Primavera do Leste (MT) - R$ 4,1 bilhões
15. Paranatinga (MT) - R$ 4,0 bilhões
16. Campo Verde (MT) - R$ 3,8 bilhões
17. Campos de Júlio (MT) - R$ 3,8 bilhões
18. Brasnorte (MT) - R$ 3,7 bilhões
19. São Félix do Araguaia (MT) - R$ 3,6 bilhões
20. Lucas do Rio Verde (MT) - R$ 3,6 bilhões
21. Ponta Porã (MS) - R$ 3,5 bilhões
22. Baixa Grande do Ribeiro (PI) - R$ 3,2 bilhões
23. Canarana (MT) - R$ 3,2 bilhões
24. Ipiranga do Norte (MT) - R$ 3,2 bilhões
25. Barreiras (BA) - R$ 3,1 bilhões
26. Sidrolândia (MS) - R$ 3,1 bilhões
27. Tapurah (MT) - R$ 3,0 bilhões
28. Correntina (BA) - R$ 3,0 bilhões
29. Dourados (MS) - R$ 2,9 bilhões
30. Uberaba (MG) - R$ 2,8 bilhões
31. Unaí (MG) - R$ 2,8 bilhões
32. Luís Eduardo Magalhães (BA) - R$ 2,7 bilhões
33. Tabaporã (MT) - R$ 2,7 bilhões
34. Nova Maringá (MT) - R$ 2,6 bilhões
35. Igarapé-Miri (PA) - R$ 2,6 bilhões
36. Mineiros (GO) - R$ 2,6 bilhões
37. Porto dos Gaúchos (MT) - R$ 2,5 bilhões
38. Uruçuí (PI) - R$ 2,4 bilhões
39. Rio Brilhante (MS) - R$ 2,3 bilhões
40. Itiquira (MT) - R$ 2,3 bilhões
41. Paracatu (MG) - R$ 2,3 bilhões
42. Santa Rita do Trivelato (MT) - R$ 2,3 bilhões
43. Gaúcha do Norte (MT) - R$ 2,2 bilhões
44. Itapeva (SP) - R$ 2,2 bilhões
45. Sinop (MT) - R$ 2,2 bilhões
46. Petrolina (PE) - R$ 2,2 bilhões
47. Patrocínio (MG) - R$ 2,1 bilhões
48. Riachão das Neves (BA) - R$ 2,1 bilhões
49. Costa Rica (MS) - R$ 2,1 bilhões
50. Santo Antônio do Leste (MT) - R$ 2,1 bilhões
51. Paragominas (PA) - R$ 2,0 bilhões
52. Perdizes (MG) - R$ 2,0 bilhões
53. São José do Rio Claro (MT) - R$ 2,0 bilhões
54. Vera (MT) - R$ 2,0 bilhões
55. Balsas (MA) - R$ 2,0 bilhões
56. Tasso Fragoso (MA) - R$ 1,8 bilhões
57. Feliz Natal (MT) - R$ 1,8 bilhões
58. Água Boa (MT) - R$ 1,8 bilhões
59. Montividiu (GO) - R$ 1,8 bilhões
60. São Gabriel do Oeste (MS) - R$ 1,7 bilhões
61. Brasília (DF) - R$ 1,7 bilhões
62. Jaborandi (BA) - R$ 1,7 bilhões
63. Chapadão do Sul (MS) - R$ 1,7 bilhões
64. Nova Alvorada do Sul (MS) - R$ 1,6 bilhões
65. Guarapuava (PR) - R$ 1,6 bilhões
66. Juazeiro (BA) - R$ 1,6 bilhões
67. Naviraí (MS) - R$ 1,6 bilhões
68. Bom Jesus do Araguaia (MT) - R$ 1,6 bilhões
69. Santa Carmem (MT) - R$ 1,6 bilhões
70. Tangará da Serra (MT) - R$ 1,6 bilhões
71. Paraúna (GO) - R$ 1,6 bilhões
72. Sacramento (MG) - R$ 1,6 bilhões
73. Silvânia (GO) - R$ 1,5 bilhões
74. Caarapó (MS) - R$ 1,5 bilhões
75. Chapadão do Céu (GO) - R$ 1,5 bilhões
76. Catalão (GO) - R$ 1,5 bilhões
77. Laguna Carapã (MS) - R$ 1,5 bilhões
78. Dom Pedrito (RS) - R$ 1,4 bilhões
79. Ipameri (GO) - R$ 1,4 bilhões
80. Goiatuba (GO) - R$ 1,4 bilhões
81. Tibagi (PR) - R$ 1,4 bilhões
82. Araguari (MG) - R$ 1,4 bilhões
83. Santa Cruz do Rio Pardo (SP) - R$ 1,4 bilhões
84. Comodoro (MT) - R$ 1,4 bilhões
85. Frutal (MG) - R$ 1,4 bilhões
86. Santa Vitória do Palmar (RS) - R$ 1,4 bilhões
87. Rio Paranaíba (MG) - R$ 1,3 bilhões
88. Marcelândia (MT) - R$ 1,3 bilhões
89. Aral Moreira (MS) - R$ 1,3 bilhões
90. Casa Branca (SP) - R$ 1,3 bilhões
91. Itanhangá (MT) - R$ 1,3 bilhões
92. Cláudia (MT) - R$ 1,3 bilhões
93. Barretos (SP) - R$ 1,3 bilhões
94. Lagoa da Confusão (TO) - R$ 1,3 bilhões
95. Buritis (MG) - R$ 1,3 bilhões
96. Dom Eliseu (PA) - R$ 1,3 bilhões
97. Coromandel (MG) - R$ 1,2 bilhões
98. Amambai (MS) - R$ 1,2 bilhões
99. Uberlândia (MG) - R$ 1,2 bilhões
100. Vacaria (RS) - R$ 1,2 bilhões
Essa lista evidencia o protagonismo de Mato Grosso, que domina o cenário agrícola brasileiro, com mais de 40% dos municípios entre os maiores produtores do país.
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